A prova do ídolo

Falcão assume o Inter e se diz preparado para mais uma vez ser técnico do Colorado

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A apresentação de Falcão pode ser considerada um evento histórico. Afinal, antes de tudo, é um ídolo consagrado da década de 1970 que está regressando ao Internacional.  Foi um momento de reencontros. Falcão caminhou até o balcão da rouparia, onde um velho conhecido ainda é o responsável pelo material utilizado pelos jogadores: trata-se de Gentil Passos, desde 1974 no Inter, e que um dia alcançou as chuteiras para o eterno camisa 5 do Inter. "É uma pessoa muito tranquila. Quando era jogador, deixava tudo sempre organizadinho. Não dava trabalho", conta Passos.

Também cumprimentou outros funcionários do Clube, muitos deles que nem tiveram a sorte de vê-lo atuar, mas que sabem muito bem da sua importância na história de 102 anos do Colorado. Em tempo: Falcão foi tricampeão brasileiro (75, 76 e 79) e cinco vezes campeão estadual (73, 74, 75, 76 e 78). Em 1993, também teve uma experiência como treinador do time que disputou o Campeonato Brasileiro.

Antecipando o trabalho
Antes mesmo de ser apresentado oficialmente, Falcão reuniu-se com os membros da comissão técnica - médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos - para já dar início ao trabalho no comando técnico do time. "Fiquei surpreso ao entrar na sala e ver o Falcão reunido com a comissão técnica. Ele nem havia sido apresentado e já estava trabalhando", elogiou o presidente Giovanni Luigi. "Este é um momento único, no qual o passado de glórias se encontra com o futuro", afirmou o vice-presidente de futebol Roberto Siegmann.

As ideias de Falcão
Exatamente às 17h45, a coletiva de imprensa teve início no vestiário profissional. Vale destacar que Tinga, Rafael Sobis, D'Alessandro, Bolívar e Kleber acompanharam as primeiras palavras do novo comandante. "A presença destas lideranças já dá um pouco a ideia de coletividade que quero dar o time. Só de maneira unida é possível alcançar os objetivos", disse Falcão

Um técnico que é ídolo
"Não tenho problemas com isso. A minha responsabilidade é grande. Na verdade os ídolos hoje são os jogadores que estão aqui. São eles que irão em busca das vitórias. Não quero ser protagonista. Quero participar dos resultados. Tenho convicção de que a gente tem um grande grupo. Tenho dois objetivos: ser campeão e ficar o maior tempo possível no comando do time."

Grupo forte para lutar por tudo
"Não posso ser incoerente com as coisas que dizia quando estava na imprensa. Temos que disputar todas as competições para ganhar. Temos um grupo forte para jogar tudo para ganhar. Vamos em busca disso. É o nosso objetivo. É difícil, mas tudo que é difícil é mais gostoso."

Futebol com alegria
"Futebol para mim é divertimento. Não é peso. Quero que o torcedor saia do campo com alegria após ver o time jogar. Temos que nos divertir com seriedade. O ambiente do vestiário tem que estar leve. Com respeito à hierarquia, mas com alegria na busca pelos resultados. Vejo o futebol dessa maneira e tenho convicção de que pode dar certo."

Time compactado
Time de 70 e o atual
"Não gosto de comparações. O time maravilhoso que a gente tinha na década de 1970 não foi campeão da América como este atual foi, por exemplo. São outros tempos, outra estrutura, com pessoas diferentes.'

Pronto para o desafio
"Me preparei para este momento, para segurar um pouquinho a minha emoção. Acho que estou me saindo bem. Há meses estive dando uma palestra para as categorias de base. Acho que, inconscientemente, comecei a me preparar para voltar ao Inter naquele momento. Temos um tempo pequeno de preparação para duas decisões - contra Santa Cruz (Gauchão) e Emelec (Libertadores), mas temos que aproveitar o máximo possível. Não tem como lamentar. Temos que buscar o resultado já no sábado."


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