Chega ao fim a sequência de quatro clássicos entre Real Madrid e Barcelona. Nesta terça-feira, a equipe catalã empatou com o rival da capital por 1 a 1 e garantiu sua vaga na final da Liga dos Campeões. No jogo de ida, disputado no Santiago Bernabéu, houve vitória visitante por 2 a 0. O time azul-grená aguarda pelo confronto entre Manchester United e Schalke 04, na outra semifinal, para descobrir seu adversário. Na primeira partida, disputada na Alemanha, o time inglês venceu por 1 a 0.
Longe de suas melhores atuações, o Barcelona viu o Real Madrid ter uma atuação mais sólida no Camp Nou. A equipe da capital, porém, teve dificuldades para passar pela marcação adversária no meio de campo e pouco finalizou. Os catalães contaram com Pedro para abrir o placar, enquanto o brasileiro Marcelo igualou o marcador.
Para a irritação do Real Madrid, o temor de José Mourinho - ausente do jogo por ter sido expulso na primeira partida - aconteceu. O árbitro Frank de Bleeckere teve atuação polêmica, anulando gol legítimo do time da capital no segundo tempo quando a partida ainda estava sem gols.
O confronto desta terça-feira encerra o quarteto de clássicos entre as equipes. No primeiro duelo, pelo Campeonato Espanhol, o Santiago Bernabéu viu um empate por 1 a 1. Já na final da Copa do Rei, o Real Madrid venceu por 1 a 0, com gol de Cristiano Ronaldo. Na Liga dos Campeões, ficou uma vitória para o Barcelona e um empate.
Após bons jogos pelo Campeonato Espanhol, Kaká foi titular do Real Madrid. O brasileiro, porém, teve atuação extremamente apagada, deixando o jogo no início do segundo tempo, após o Barcelona abrir o placar.
Precisando da vitória, o técnico José Mourinho enfim abandonou as escalações defensivas que adotou nas três partidas anteriores. Cristiano Ronaldo atuou aberto pela esquerda, com Di María do outro lado - Kaká ficou pelo meio. Higuaín foi o centroavante do time, deixando Benzema e Adebayor no banco. Outra opção entre os reservas foi Ozil.
Já o técnico Pep Guardiola escalou o Barcelona sem surpresas. Sem os lesionados Adriano e Maxwell, o zagueiro Puyol novamente atuará na lateral esquerda, em seu 100º jogo de Liga dos Campeões. Além do defensor, somente Raúl, Casillas e Xavi chegaram a esta marca, sendo que os dois últimos também vieram a campo.
O jogo
Ignorando que estava jogando fora de casa, o Real Madrid iniciou o jogo com posse de bola e pressionando o adversário em seu campo de defesa, ao estilo que o Barcelona gosta de jogar. Com boas arrancadas, Cristiano Ronaldo e Marcelo deram trabalho à marcação catalã. Essa pressão foi plena durante os primeiros dez minutos, até que a equipe da casa conseguiu equilibrar o duelo.
Aos 14min, Xabi Alonso teve chance de lançar bola na área em cobrança de falta, mas seu chute parou na barreira. Era, porém, pressionando a saída de bola que o Real conseguia suas melhores chances. Aos 21min, o Barcelona teve sua melhor chance em escanteio desviado por Busquets de cabeça, e Casillas fez boa defesa.
Lass Diarra era o melhor jogador do Real Madrid, marcando com precisão no meio de campo e adiantando a bola para o setor de armação. Já o Barcelona tentava passes para chegar ao ataque, mas o sucesso costumeiro. Para a sorte da equipe catalã, o árbitro Frank de Bleeckere optou por marcar todos os lances mais duros de marcação, evitando um jogo mais pegado.
Messi teve sua melhor chance até então aos 32min, ao receber na área, driblar a marcação de Xabi Alonso e chutar cruzado, mandando à esquerda do gol de Casillas. No minuto seguinte, Villa chutou com estilo após contra-ataque e o goleiro do Real Madrid fez ótima defesa. O camisa 1 brilho de novo aos 36min, em mais um bom chute de Messi.
Com o Barcelona melhor, o Real Madrid só voltou a criar boa chance aos 39min, em jogada de Cristiano Ronaldo. O português avançou pela direita e cruzou para Higuaín, mas Valdés fez a defesa antes da chegada do argentino.
Segundo tempo
A partida já começou com polêmica. Cristiano Ronaldo avançou na intermediária e tocou para Higuaín estufar as redes, mas o árbitro viu falta do português em Mascherano. Do outro lado, o Barcelona marcou e teve seu tento confirmado aos 8min. Iniesta deu passe milimétrico para Pedro tocar na saída de Casillas para abrir o placar.
Precisando agora fazer três gols para conseguir sua classificação, o auxiliar Aitor Karanka lançou Adebayor no Real Madrid, substituindo Higuaín. A alteração não surtiu efeito imediato, com o Barcelona passando a trocar passes com ainda mais qualidade. Na sequência, o nulo Kaká deu lugar a Ozil.
Di María, até então com atuação irregular, teve a grande chance de empatar aos 18min. O argentino driblou a marcação e acertou a trave de Valdés. Na sequência, porém, o meia tocou para Marcelo completar para o fundo do gol. O jogo ficou mais brigado após o empate, com o Barcelona conseguindo manter a posse de bola.
Se esta era até então a partida mais calma das quatro ocorridas nos últimos vinte dias, o clima esquentou de vez nos minutos finais. Pedro tomou cartão amarelo após carrinho violento. Diarra deu pegada forte em Mascherano, mas o árbitro apenas advertiu verbalmente o jogador. Adebayor, por sua vez, recebeu amarelo após pegada em Messi. Ao fim, a festa catalã explodiu a partir do momento em que Puyol deixou o gramado, substituído por Abidal, e continuou pela noite de Barcelona.