Marcelo Alexandre Becker/ON
Ter sido um dos principais jogadores da chamada “geração de ouro” da Seleção Brasileira de vôlei, que conquistou o primeiro lugar nas Olimpíadas de Barcelona em 1992, credencia o gaúcho Paulo André Jukoski, o Paulão, a passar as lições e ensinamentos que teve durante toda a sua carreira, sendo que agora como ex-jogador ele ressalta a força que o trabalho em equipe tem não só no esporte, mas também no dia-a-dia, justamente o tema da palestra ministrada por ele no auditório do Colégio Notre Dame, na noite de ontem.
O ouro em Olímpico
Denominado por Paulão como “capítulo de ouro”, as Olimpíadas de 1992 em Barcelona marcou a primeira medalha dourada em esporte coletivo para o Brasil, e segundo o ex-jogador, só foi possível graças ao espírito coletivo. “A humildade de todos, a amizade e o comprometimento, que em minha opinião é a palavra chave daquela geração, mostra a dedicação de todos, titulares ou reservas, pois todos tinham importância. Nós estávamos buscando um lugar ao sol, e o trabalho de toda a equipe desde os jogadores até os membros daquela comissão técnica foi que nos levou ao ouro”, afirmou Paulão.
Geração de prata, ouro, e a formação da melhor equipe do mundo
O vôlei brasileiro pode ser dividido em três etapas: os medalhistas de prata em Los Angeles 1984, a geração de ouro de Barcelona, e a formação do melhor time do mundo, comandado pelo técnico Bernardinho. “A medalha de prata abriu o caminho para mostrar que o vôlei era possível no Brasil. Nós do ouro em Barcelona provamos que não era só um sonho, e o Bernardinho, muito competente que é, soube juntar todas essas história, essas gerações e formou na Seleção Brasileira o melhor time de vôlei do mundo. Tanto ele, como o José Roberto Guimarães (técnico em 1992), formaram toda uma estrutura que segue vitoriosa até hoje”.
Os exemplos do esporte para a vida
Deixar a individualidade de lado em busca de uma meta, de um objetivo. Para Paulão essa foi à principal lição que os anos de jogador profissional lhe ensinaram. “Todas as equipes que eu joguei tiveram particularidades, mas todas elas, seja em clubes ou na seleção, me ensinaram muita coisa. Mas o principal foi o trabalhar em equipe. Saber conviver, buscar o mesmo objetivo com colegas de equipe, que na maioria das vezes eram amigos, mas às vezes apenas companheiros de time, mas o mais importante era o time, o objetivo principal”, finalizou.
A força da equipe
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