Depois de cerca de 45 minutos de despedida dos jogadores no vestiário, o ex-técnico do Inter Paulo Roberto Falcão foi até a sala de conferências do Beira-Rio falar sobre a sua saída do comando do time. Sem esconder a grande crise interna que toma conta do estádio Beira-Rio, Falcão disse que não perderia tempo falando do presidente Giovanni Luigi e agradeceu apenas ao ex-vice de futebol Roberto Siegmann pelo apoio durante a sua passagem como treinador. “O Inter é maior que as pessoas que o comandam hoje. É um clube de muita grandeza. Tomara que, um dia, pessoas com a grandeza do Inter passem a dirigi-lo", afirmou.
“Roberto Siegmann e o assessor de futebol Alexandre Chaves Barcelos foram as duas pessoas que trabalharam para me ter aqui. A eles, deixo o meu agradecimento”, disse o ex-treinador colorado que também agradeceu o carinho da torcida: “Os torcedores são a razão do clube. Com eles meu trabalho foi de coração. Eles sabem que eu tentei levar o Inter a um condição melhor do que a que está.”
Abatido, Falcão avaliou como injusta a sua demissão por não ter recebido do presidente os reforços prometidos. “Fui surpreendido com essa demissão. Antes de assumir o time, falei que precisava de reforços. E eles me foram prometidos, mas não aconteceu. Se tivesse acontecido e os resultados não viessem, aí sim poderiam falar em troca de treinador”, disse Falcão durante a coletiva.
Questionado sobre a sua relação com o grupo de jogadores, Falcão retrucou mandando os jornalistas fazerem uma enquete no vestiário perguntando qual dos atletas queria a sua saída. “Hoje pela manhã recebi um torpedo do Oscar, não vou ler aqui porque é pessoal, mas me deixou muito contente. Ele entendeu que meu objetivo sempre foi ajudar todos”, relatou Falcão, também agradecendo a manifestação de Leandro Damião, que postou em seu Twitter a frase: "Para sempre amigo...para sempre ídolo...para sempre Falcão". “Ele também me falou isso no vestiário”, revelou.
Fonte: Correio do Povo e Rádio Guaíba