É incontestável o talento de Victor no gol, porém prestando serviços a Seleção Brasileira, o camisa 1 abriu espaço para Marcelo Grohe, que entrou em campo e não decepcionou. Agora, a titularidade absoluta do segundo goleiro da seleção na defesa gremista já não é mais tão incontestável assim.
O reserva entrou no time tão bem, com atuações tão sólidas, que não falta quem veja injustiça na saída dele. Os números sustentam os argumentos pró-Grohe: no Brasileirão, ele tem ido melhor do que Victor.
Cada um sofreu seis gols na disputa. A diferença é que Victor jogou duas partidas a mais do que o colega – seis contra quatro. Mas a distância entre eles está mesmo é no número de defesas, tanto naquelas simples, que o sujeito só não pega se estiver muito distraído, quanto naquelas de embasbacar a torcida.
Victor fez sete defesas difíceis no Brasileirão. Grohe pegou 16. Nas defesas fáceis, também há discrepância: 20 para Grohe, oito para Victor.
Mas os números não tiram o prestígio do goleiro da Seleção Brasileira. De volta ao Grêmio após a disputa da Copa América, ele tem lugar garantido na equipe. O amigo dele parece não se incomodar. Grohe aceita o fato.
“Eu pude ajudar a equipe nesses jogos. Fico feliz de ter tido bons resultados. O Victor é um grande goleiro. O importante é que o Grêmio está bem servido. O Victor é o titular. Ele tem todos os méritos. É goleiro de seleção. Quando chegar uma nova oportunidade, espero fazer um bom papel” disse Grohe, no retorno do Grêmio a Porto Alegre depois do empate por 0 x 0 com o Figueirense.
A esperança de Grohe é por novas convocações de Victor. Aí ele poderá retomar a camisa 1 do Grêmio, mesmo que momentaneamente.
Victor retorna ao time na próxima quarta-feira (27). Às 19h30, o Grêmio recebe o América-MG no Olímpico.