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Julinho concorda com críticas após o empate com o Figueirense

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A torcida reclamou. A diretoria não gostou. E Julinho Camargo concordou. Depois do empate por 0 x 0 com o Figueirense, marcado por um Grêmio sólido na defesa e adormecido no ataque, o treinador tricolor reconheceu que o desempenho da equipe, sob seu comando, não está no ponto desejado por ele. Um dia depois de o vice-presidente de futebol do clube, Antônio Vicente Martins, exigir rendimento melhor, o técnico fez coro a ele.

Mas Julinho pede calma. Ele observa que oscilações são normais em largadas de trabalho. E já vê pontos positivos no que o time vem mostrando.

“Ainda estamos passando por altos e baixos naturais de quem está há 15 ou 20 dias no trabalho. Contra o Coritiba, o primeiro tempo foi regular, e o segundo foi bom. Entendo as colocações do Vicente. O objetivo é buscar o segundo tempo do Coritiba nos 90 minutos. Vamos trabalhar em busca disso, mas não é da noite para o dia. A felicidade foi sair de lá (Florianópolis) com um ponto contra uma equipe que tinha ganho quatro jogos em cinco lá. Mas concordo que temos que trabalhar melhor” disse Julinho.

O treinador tem uma fórmula para o time crescer: primeiro, conseguir os resultados; e a partir daí, munido deles, tentar melhorar as atuações.

“O segredo que temos que trabalhar é ter uma procura incessante pela melhora da equipe. Ainda não praticamos um futebol em que a gente vá para o campo e pense: “Está bem a equipe”. Estamos tentando achar o caminho e vamos procurar até achar. Mas enquanto buscamos esse caminho, temos que ganhar em casa e buscar pontos fora” comentou.

Julinho quer, acima de tudo, vitórias dentro de casa. Assim, ele não tem dúvidas de que o time terá tranquilidade para evoluir.

“Temos que marcar nossa campanha com vitórias dentro do Olímpico. Se fizermos disso uma rotina, vamos ter tempo para melhorar a equipe, e aí vamos alinhar resultado com boa atuação. Estamos tendo atuações médias, meio desconfiadas.

Ele pede tempo. E sabe que muitas vezes o trabalho de um treinador morre com três meses de duração – como aconteceu com Falcão, com quem trabalhava no Inter.

“Ouvi atentamente uma entrevista do Adílson Batista. Perguntaram a ele o tempo para chegar a um ponto de equilíbrio. Ele falou em três meses. Isso às vezes encurta, alonga, e fecho com o pensamento dele. Às vezes, em três meses, você sai. Não vou encontrar isso em duas semanas”.

O próximo desafio de Julinho é na quarta-feira (27). Às 19h30, o Grêmio recebe o América-MG no Olímpico.

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