Aos 11 minutos do segundo tempo do jogo contra o América-MG, na quarta-feira, Douglas foi substituído por Leandro e deixou o gramado do Olímpico entre vaias e aplausos. Irritado, o jogador sequer olhou para o técnico Julinho Camargo, que retribuiu a falta de gentileza e não foi até ele. A fraca atuação repete algo frequente nesta temporada. Mais uma vez, o Grêmio busca motivos para a queda de rendimento e alternativas para resgatar seu camisa 10.
"Gosto muito do Douglas, já falei isso abertamente. O fato de ter saído e não ter me cumprimentado não me preocupa. Não é isso que firma uma relação. Hoje eu entendi que deveria mudar e faria tudo de novo. Agora, várias vezes já tive na figura do Douglas a esperança de mudar um jogo", justificou Julinho, que posteriormente colocou Marquinhos na função de criação do meio-campo gremista.
Douglas tinha relacionamento maravilhoso com Renato. O meia era "protegido" pelo treinador, que não o pedia para marcar e fazia defesa ferrenha de qualquer crítica mais forte. Em treinamentos, o ex-técnico do Grêmio brincava com o armador como se ambos fossem colegas de time e não comandante e comandado. Mas nem mesmo isso resultou em boas atuações. O próprio atleta admite que não tem o mesmo desempenho da temporada passada.
"Ele é um jogador como todos os outros. Dentro da função dele, é o criativo do time. O talentoso, o camisa 10. Agora, não é por isso que eu não posso fazer uma opção ou outra. O respeito e a admiração que tenho por ele, é algo que ele sabe. Não preciso que ninguém me alise na hora de sair. Isso é natural", referiu Julinho.
Independente do rendimento, Douglas segue sendo um dos artilheiros do Grêmio no Brasileirão, com dois gols. Mas o posto não diz muito, pois é dividido com Júnior Viçosa e Rafael Marques, um zagueiro e outro que já deixou o clube. A meta, portanto, é recuperar o jogador, para que ele volte a ter seus dias de "Maestro" e consiga reger o carente ataque gremista.
