Estourou a crise
Paulo Pelaipe assume gerência executiva e faz duras críticas ao clube. Alexandre Faria ficou no cargo por apenas 25 dias
O Grêmio oficializou, através de seu perfil no Twitter, a contratação de Paulo Pelaipe, como gerente executivo de futebol do clube. A apresentação oficial será nesta terça-feira, pela manhã. Pelaipe foi um dos homens do futebol de Paulo Odone na gestão de 2005 até 2008. Ele ocupará o lugar de Alexandre Faria, que no início da tarde desta segunda-feira, deixou o Estádio Olímpico. Sem conceder entrevista, o dirigente se despediu de jogadores e funcionários, reforçando a ideia de sua demissão no Grêmio, já que ainda não houve o anúncio oficial.
Pelaipe teve como trunfos a contratação de Mano Menezes para comandar o Grêmio em 2005, a campanha de retorno para a Série A do futebol brasileiro e o vice da Libertadores em 2007. Na época, ele tinha cargo político, ou seja, não era remunerado. Desta vez sua função será diferente. Como funcionário do clube, ele será remunerado naturalmente. Sua saída da direção se deu pelas eliminações no Gauchão e na Copa do Brasil de 2008.
"Os torcedores estão preocupados com razão. O Grêmio perdeu uma de suas principais características, que é a força. Os jogadores que foram contratados tem o perfil mais técnico. O Grêmio não tem mais a pressão, o abafa, não faz mais prevalecer a força do Olímpico e não é mais respeitado em casa. Isso é muito dos jogadores que chegaram no clube. Não são de pegada, são clássicos. Isto, na história do Grêmio, mostra que não se adaptam a filosofia de jogo. O Marquinhos hoje, entrou em campo caminhando. Esse jogador, o Lins, não tem a mínima condição de jogar no Grêmio, com todo respeito a ele. O Grêmio manda embora um jovem de 21 anos que tem 12 gols na temporada, que é o Júnior Viçosa e ficou com ele. Não temos meio, defesa, nem ataque", disse Pelaipe no domingo.
Alexandre Faria foi diretor executivo do Grêmio somente durante 25 dias. Neste espaço de tempo acumulou frustrações e foi demitido junto com o departamento de futebol. Antônio Vicente Martins, José Simões e César Cidade Dias também foram destituídos de seus cargos. Junto com Pelaipe, outro nome deve ser indicado para o futebol gremista. Tal situação, porém, não está garantida.
Vicente Martins
O agora ex-vice de futebol Antônio Vicente Martins, pediu demissão do cargo na noite de sábado (30), após a derrota por 2 x 0 para o Flamengo e o Presidente Paulo Odone aceitou. Nesta segunda-feira, o ex-dirigente concedeu entrevista coletiva no Estádio Olímpico.
Segundo Vicente Martins, a crise no Grêmio tem uma explicação primordial: o racha político entre movimentos de situação e entre integrantes da própria diretoria.
"Teve um peso bastante grande (a crise política). Volto para a arquibancada, que é o meu lugar. Se vou continuar ou não no Conselho de Administração é uma decisão que ainda vou tomar. Junto comigo estão saindo todos os integrantes do MGI da diretoria, o pessoal da base, do departamento de torcidas" disse, para completar: "As lutas políticas que ocorrem são prejudiciais ao clube. Por vezes não se faz uma crítica direta e interna, quebrando uma tradição de décadas no clube, de tratar internamente os assuntos. Algumas pessoas fazem isso de forma indireta, trocando informações com jornalistas. Fizemos uma reunião do Conselho de Administração e no dia seguinte a ata da reunião estava em uma coluna de jornal, e isso é uma forma de fazer política que eu não julgo adequada ao clube".
Vicente Martins não revelou o nome do vice-presidente que seria informante de um jornalista, embora não tenha citado Eduardo Antonini na lista de agradecimentos - Antonini é presidente da Grêmio Empreendimentos, empresa gestora das obras da nova Arena, e vice eleito: "Não tenho uma relação de amizade com o Eduardo, talvez eu tenha esquecido de agradecer a ele".
O Grêmio oficializou, através de seu perfil no Twitter, a contratação de Paulo Pelaipe, como gerente executivo de futebol do clube. A apresentação oficial será nesta terça-feira, pela manhã. Pelaipe foi um dos homens do futebol de Paulo Odone na gestão de 2005 até 2008. Ele ocupará o lugar de Alexandre Faria, que no início da tarde desta segunda-feira, deixou o Estádio Olímpico. Sem conceder entrevista, o dirigente se despediu de jogadores e funcionários, reforçando a ideia de sua demissão no Grêmio, já que ainda não houve o anúncio oficial.
Pelaipe teve como trunfos a contratação de Mano Menezes para comandar o Grêmio em 2005, a campanha de retorno para a Série A do futebol brasileiro e o vice da Libertadores em 2007. Na época, ele tinha cargo político, ou seja, não era remunerado. Desta vez sua função será diferente. Como funcionário do clube, ele será remunerado naturalmente. Sua saída da direção se deu pelas eliminações no Gauchão e na Copa do Brasil de 2008.
"Os torcedores estão preocupados com razão. O Grêmio perdeu uma de suas principais características, que é a força. Os jogadores que foram contratados tem o perfil mais técnico. O Grêmio não tem mais a pressão, o abafa, não faz mais prevalecer a força do Olímpico e não é mais respeitado em casa. Isso é muito dos jogadores que chegaram no clube. Não são de pegada, são clássicos. Isto, na história do Grêmio, mostra que não se adaptam a filosofia de jogo. O Marquinhos hoje, entrou em campo caminhando. Esse jogador, o Lins, não tem a mínima condição de jogar no Grêmio, com todo respeito a ele. O Grêmio manda embora um jovem de 21 anos que tem 12 gols na temporada, que é o Júnior Viçosa e ficou com ele. Não temos meio, defesa, nem ataque", disse Pelaipe no domingo.
Alexandre Faria foi diretor executivo do Grêmio somente durante 25 dias. Neste espaço de tempo acumulou frustrações e foi demitido junto com o departamento de futebol. Antônio Vicente Martins, José Simões e César Cidade Dias também foram destituídos de seus cargos. Junto com Pelaipe, outro nome deve ser indicado para o futebol gremista. Tal situação, porém, não está garantida.
Vicente Martins
O agora ex-vice de futebol Antônio Vicente Martins, pediu demissão do cargo na noite de sábado (30), após a derrota por 2 x 0 para o Flamengo e o Presidente Paulo Odone aceitou. Nesta segunda-feira, o ex-dirigente concedeu entrevista coletiva no Estádio Olímpico.
Segundo Vicente Martins, a crise no Grêmio tem uma explicação primordial: o racha político entre movimentos de situação e entre integrantes da própria diretoria.
"Teve um peso bastante grande (a crise política). Volto para a arquibancada, que é o meu lugar. Se vou continuar ou não no Conselho de Administração é uma decisão que ainda vou tomar. Junto comigo estão saindo todos os integrantes do MGI da diretoria, o pessoal da base, do departamento de torcidas" disse, para completar: "As lutas políticas que ocorrem são prejudiciais ao clube. Por vezes não se faz uma crítica direta e interna, quebrando uma tradição de décadas no clube, de tratar internamente os assuntos. Algumas pessoas fazem isso de forma indireta, trocando informações com jornalistas. Fizemos uma reunião do Conselho de Administração e no dia seguinte a ata da reunião estava em uma coluna de jornal, e isso é uma forma de fazer política que eu não julgo adequada ao clube".Vicente Martins não revelou o nome do vice-presidente que seria informante de um jornalista, embora não tenha citado Eduardo Antonini na lista de agradecimentos - Antonini é presidente da Grêmio Empreendimentos, empresa gestora das obras da nova Arena, e vice eleito: "Não tenho uma relação de amizade com o Eduardo, talvez eu tenha esquecido de agradecer a ele".