Maratona

Ao pisar no Beira-Rio na terça-feira, Dorival Júnior sabia que tinha consigo uma missão e uma oportunidade rara. Sua tarefa é fazer o Inter ter um rendimento em campo condizente com os investimentos realizados. A chance que se apresenta, também, é a de ser campeão com pouco mais de uma semana de clube. Na quarta-feira, os colorados disputam o segundo jogo da final da Recopa Sul-americana contra o Independiente.

O confronto decisivo está incrustado em meio a uma sequência desgastante de partidas iniciadas no começo de julho. Logo em seguida à decisão, sem tempo para respirar, Dorival irá encarar o clássico Gre-Nal no domingo. Serão dois jogos de alta pressão e de carga emocional elevada.

A última vez que o Inter teve uma semana entre uma partida e outra ocorreu entre a sétima e a oitava rodada do Brasileirão. Foram 21 jogos disputados entre 6 de julho e 17 de agosto.

Mas antes de tentar o bi da competição continental e enfrentar o maior rival, o Inter precisa entrar em campo contra o Flamengo, no domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Por mais que atuar diante do time de Ronaldinho Gaúcho traga os holofotes para o clube, a prioridade é outra.

"Tem que ser essa a prioridade (a Recopa). Nem que tenhamos que abrir mão da partida do domingo. É uma causa nobre. Só tem a engrandecer a historia do nosso clube. A decisão tem que ser amadurecida", comentou Dorival após a sua estreia na vitória por 1 x 0 sobre o Botafogo.

Seu olhar clínico de técnico e algumas informações de profissionais colorados atestam um desgaste elevado no elenco. O treinador irá se reunir com sua comissão técnica e dirigentes para definir a estratégia para os próximos enfrentamentos. Dificilmente muitos titulares enfrentarão o Rubro-negro carioca.

"Essa é uma semana mais que importante para o Internacional. Estamos com alguns jogadores desgastados pela sequência de partidas. Tem que ser muito pensado. É apenas uma única possibilidade (para ser campeão)", analisou o treinador. "Não podemos esgotar a equipe", alertou.