Três jogos no comando Colorado e um título Internacional. Antes de assumir a equipe, Dorival Júnior sempre foi o nome mais citado entre os pretendentes para assumir o cargo de Falcão. Com quase um mês de incertezas, Dorival caiu de paraquedas e levou a Recopa Sul-Americana.
Estar no momento certo e na hora certa é uma realidade vivida por poucos dentro do futebol. Mantendo seu estilo na hora de escalar a equipe, mesmo com o pouco tempo para trabalhar, o técnico conseguiu reverter a situação na final e vencer por 3 x 1 o Independiente, na quarta-feira. Na partida de ida, os coroados foram derrotados por 2 x 1, na Argentina.
Aos poucos, sua carreira vai ganhando marcas importantes. No ano passado, o futebol vistoso do seu Santos encantou. Agora no Sul, a largada é com direito a comemoração e grito de campeão.
"É uma satisfação para qualquer profissional poder estar à frente dessas duas equipes. A equipe do Santos marcou época na minha carreira. Espero que no Inter também seja assim. Fico contente e satisfeito. Tivemos uma conquista importante para o Inter", explicou.
Honesto em suas declarações, Dorival não é afeito a frases prontas. Fala o que pensa, não o que se quer ouvir. Na sua apresentação, o ex-técnico colorado Falcão revelou o desejo de ficar por muitos anos no comando do time. Ficou três meses. O atual treinador prefere não criar expectativas elevadas. "Prefiro que as coisas caminhem normalmente. Passo a passo. Rodada a rodada".
O tempo para festejar será escasso. Domingo é dia de Gre-Nal, mais um jogo de três pontos no Campeonato Brasileiro, mas que no âmago do restante da temporada vale muito mais. Novamente, Dorival adotou um discurso realista sobre o futuro vermelho até o fim do ano.
"Nesse momento seria ilógico falar em briga de título, mas se o Inter continuar com postura que tem tido e voltando a acreditar piamente na competição, buscando crescimento e deixando para trás a conquista, estaremos brigando por coisas boas", garantiu.