O anúncio da entrada de Gustavo Kuerten no Hall da Fama não poderia ter outros contornos se não a emoção e o choro, que foram características de Guga em todos os seus 13 anos de carreira. Em evento realizado nessa quinta-feira, que apenas serviu para oficializar o feito, o ex-número 1 revelou ter demorado muito tempo para saber da existência da entidade que enaltece a história do tênis e disse que superou suas expectativas na carreira.
“Tenho que confessar que até meus 10 anos não sabia que isso existia, pois estava muito longe das minhas aspirações. Só quando virei profissional pude descobrir o quão importante é isso e fico feliz em poder seguir nomes como o de Maria Esther”, pontuou Guga, fazendo referência a outro ícone brasileiro, a ex-profissional Maria Esther Bueno, dona de 19 títulos de Grand Slam (sete em simples, 11 em duplas e um em duplas mistas). Kuerten lembrou que no começo tudo era mais um sonho mesmo de seu pai e nem ele imaginava que chegaria neste patamar. “Não esperava que fosse tão longe e tão feliz com a minha carreira”, afirmou o catarinense. Sempre emotivo, ele não segurou as lágrimas quando foi mostrado um vídeo em sua homenagem, no qual passaram os momentos mais significativos de sua carreira, em que conquistou 466 vitórias e levantou 28 troféus, sendo 20 deles em simples. “Emocionar está fácil. Vêm as lembranças de toda a minha carreira e da figura do meu pai na minha cabeça. Quando comecei a brincar de tênis ele já sonhava que pudesse ser campeão de Roland garros e chegasse ao Hall da Fama. Ele é uma pessoa que eu gostaria de compartilhar essa conquista”, declarou o lacrimejante Guga.