Foi se o tempo em que um jogo de futebol era decidido dentro de campo, pelas jogadas dos craques, ou pela alterações certas e erradas dos técnicos. Atualmente, ir bem em uma competição está totalmente aliado ao fato de como o clube está preparado nos fatores extra-campo, como pagar em dia, boas condições para treinamentos e jogos, e ainda, uma boa equipe que trabalhe na prevenção e recuperação de atletas lesionados.
Pensando nisso, ainda no segundo semestre do ano passado a diretoria do Esporte Clube Passo Fundo procurou se aproximar da Universidade de Passo Fundo, onde com a Faculdade de Fisioterapia e Educação Física oferece o que existe de melhor em equipamentos e profissionais na área de saúde esportiva. “A parceria com a UPF mudou a história do Passo Fundo, pois com eles podemos oferecer aos nossos jogadores uma estrutura de fisioterapia de time grande”, disse Roberto França, gerente de futebol do clube do Vermelhão da Serra.
O caso Dudu
Como fica difícil apontarmos quantas vezes o trabalho de prevenção feita pelos professores e estagiários da UPF que acompanham diretamente os treinamentos do elenco do Passo Fundo que disputam o Campeonato Gaúcho da Divisão de Acesso, evitou que os jogadores tivessem lesões, pode-se apontar a impressionante recuperação do volante Dudu (na foto momentos antes de voltar aos gramados) como uma prova do sucesso desta parceria. Há seis meses, em um treinamento o jogador sofreu uma lesão no joelho que causou a ruptura do ligamento cruzado do joelho direito. O diagnóstico inicial para esse tipo de contusão é de em média oito meses de recuperação. Mas com o trabalho dos profissionais e estagiários da UPF, aliados ao comprometimento do atleta, Dudu se recuperou com três meses antes do prazo previsto, já que fez sua primeira partida oficial no último domingo, quando entrou no segundo tempo da vitória por 2 x 1 diante do esportivo, mas já vinha treinando normalmente com seus companheiros há mais de trinta dias. Toda a recuperação de Dudu foi realizada pelos professores Gilnei Lopes Pimentel e Carlos Rafael de Almeida, tendo contado ainda com o trabalho do grupo de estagiários Marlon Francys Vidmar, Luiz Fernando Bortoluzzi, Mateus Dellagerisi, Priscila Martins e Letícia Assumpção. “Agradeço muito a todos eles, que durante quatro meses mais de fisioterapia, que na minha opinião foi o momento mais difícil da minha carreira, me trataram com muito empenho, profissionalismo, e principalmente foram se tornando grandes amigos que eu tenho, pois me incentivavam e não deixaram eu desanimar em nenhum momento. Se hoje estou de volta aos gramados, fazendo o que eu mais gosto, é graça ao trabalho e amizade destas pessoas”, falou o jogador.