A exemplo de como foi em 2010, quando jogou a primeira partida da final da Libertadores em um gramado sintético – diante do Chivas, no Estádio Omnilife, em Guadalajara –, o Inter mais uma vez terá a experiência de atuar neste tipo de piso pela competição continental. Desta vez será em Chiclayo, no Peru, contra o Juan Aurich, nesta quinta-feira, a partir das 19h45 (horário de Brasília), pela última rodada do Grupo 1.
No entanto, a qualidade da grama artificial do Estádio Elías Aguirre é bastante inferior da que foi encontrada na cidade mexicana há quase dois anos. O desgaste excessivo do gramado é o principal fator negativo do campo onde o Inter atuará na busca pela vaga às oitavas de final. Como o piso é duro, a bola quica muito e ganha mais velocidade. Com isso, toda dinâmica do jogo fica alterada. Foi antevendo todas estas dificuldades que o Inter baseou a sua preparação nos últimos dias. Antes da viagem, foi realizado um treino no campo de grama artificial do Complexo Esportivo da PUC, onde todos os jogadores aproveitaram para se adaptar às chuteiras society, sem travas, que serão utilizadas na quinta-feira.
E para superar o atual campeão peruano e todas as dificuldades que devem ser impostas pelo campo sintético, o Colorado pretende abusar do toque de bola na partida em Chiclayo. Esta foi uma constante nos treinamentos realizados em Porto Alegre, nos quais o técnico Dorival Júnior deu atenção especial à manutenção da posse de bola e a troca de passes rápidos.
D’Alessandro
Um dos jogadores mais técnicos do time, o meia D'Alessandro dá a receita de como o Inter deve atuar diante do Juan Aurich: "Precisamos nos defender com a bola, sem ficar recuado demais. Uma das principais características do nosso time é o toque de bola. Não sabemos jogar de outra maneira. Por isso nosso objetivo é controlar o jogo com a posse de bola", define o argentino, totalmente recuperado da lesão que o afastou por mais de um mês dos gramados. Apesar deste fator extra de preocupação que o Inter terá em solo peruano, D'Ale está confiante no poder de superação do Colorado. "Não estamos acostumados com o campo sintético, mas na hora do jogo vai ser 11 contra 11. Queremos fazer um grande jogo e voltar com a classificação", pondera.
