Desta vez, sem apagão. A seleção Brasileira de Futebol venceu nos pênaltis a seleção da Argentina e faturou pela segunda vez o Superclássico das Américas. No tempo normal, o time comandado pelo técnico Mano Menezes perdeu de 2x1, com dois gols de Scocco contra um de Fred. Resultado esse que levou a decisão para os pênaltis.
O Brasil venceu na cobrança de pênaltis por 4x3. Thiago Neves, Jean, Fred e Neymar marcaram para a Seleção Brasileira, enquanto Carlinhos perdeu. Diego Cavallieri defendeu a cobrança de Martínez e Montillo chutou para fora. Sebá, Scocco e o goleiro Orión converteram para os argentinos.O jogo estava mesmo "pegado", o que resultou no primeiro cartão amarelo dado a Rever, que chegou atrasado no lance e derrubou Martínez. As chances de gol eram poucas, devido à atuação eficiente dos sistemas defensivos, tanto que lado argentino a primeira aconteceu aos 21 minutos, com um chute para fora de Martínez aproveitando um cruzamento.
A Seleção Brasileira tentava fazer a bola chegar à frente com troca de passes, mas esbarrava na forte marcação argentina que, ao impedir que Fred fosse acionado, deixava o time brasileiro com poucas opções para chutar a gol.
Mas foi mesmo no toque de bola que o Brasil desperdiçou uma chance real de abrir o marcador. Arouca descobriu Neymar livre, na pequena área, e o camisa 11 tentou encobrir o goleiro, fazendo-o por cima do travessão, não vendo a posição de Fred, livre, para concluir.
Ainda dessa maneira, sobretudo porque Arouca se movimentava bem pelos lados do campo e com isso conseguia criar bons lances, o Brasil começou a predominar no jogo. Thiago Neves tentou uma conclusão da entrada da área, pelo alto, mas sem sucesso.
Como sem sucesso terminaram as - muito poucas - tentativas de chute a gol da seleção argentina. O resultado disso foi que os goleiros Diego Cavallieri e Orión não foram exigidos.
Segundo tempo: O 0x0 com que terminou a primeira fase garantia o título do Superclássico, mas a Seleção Brasileira só joga para vencer e continuou correndo atrás do resultado. Neymar teve uma chance, depois de outra boa troca de passes, mas cabeceou pelo alto. O jogo seguia muito disputado no meio-campo mas com poucas jogadas de área.
Mano Menezes buscou então aproveitar o entrosamento dos jogadores do Fluminense e substituiu na sequência Fábio Santos por Carlinhos e Arouca por Jean. Logo depois, devido à contusão de Lucas Marques, o técnico fez uma mexida ousada por tornar a equipe mais ofensiva - Bernard entrou para formar com Neymar e Fred o trio de ataque e Jean foi deslocado para a lateral direita.
Só que foi a Argentina quem chegou ao primeiro gol, aos 37 minutos. Através de um pênalti inexistente que Scocco cobrou com chute forte, sem defesa para Diego Cavallieri, que ainda foi na bola.
Durou pouco a alegria dos torcedores e jogadores argentinos - exatos dois minutos. Em jogada que Thiago Neves pegou um rebote na entrada da área, a bola sobrou para o artilheiro. Fred fez o que dele se espera: deu um toque sutil e marcou o gol de empate em 1x1.
A Argentina não se entregou, mesmo faltando poucos minutos para o jogo terminar. Em jogada de contra-ataque, Montillo recebeu, poderia ter chutado, mas, ao ser quase desarmado, ainda serviu ótimo passe para Scocco, livre, que chutou outra vez sem defesa para Diego Cavallieri.
O gol decretou o placar de 2x1 para a Argentina e levou a decisão do Superclássico das Américas para a cobrança de pênaltis.
BRASIL: Diego Cavallieri, Lucas Marques, Rever, Durval e Fábio Santos (Carlinhos); Ralf, Paulinho, Arouca (Jean) e Thiago Neves; Neymar e Fred.
ARGENTINA: Orión, Lisandro López, Sebá Dominguez e Desábato; Gino Peruzzi, Francisco Cerro (Ahumada), Guiñazu, Leonel Vangioni; Montillo, Martínez e Barcos (Scocco).