Atropelando etapas até 2018

Propostas com bons resultados e até conquistas antecipadas, projetam um futuro animador para o Sport Clube Gaúcho. É o sonho de chegar ao ano do centenário com um novo estádio e o time na primeira divisão. Atropelando etapas, o objetivo do Gaúcho está bem mais próximo. E até pode antecipar 2018.

O Gaúcho estava atolado em dívidas, processos, sem sede, o estádio tinha sido arrematado em leilão e entregue. Enfim, além das portas fechadas o futebol também estava lacrado. Em 2009, ao assumir o clube, o presidente Gilmar Rosso anunciou um novo perfil administrativo. O projeto era mirabolante, audacioso e com o perfil de uma missão impossível. Impossível? Nem tanto.

Driblando dificuldades
Sonhador e até motivo para chacotas, Gilmar Rosso escolheu a primeira arma: a bola. Reativou o futebol, recolocou o Gaúcho em campo e foi driblando as dificuldades, especialmente os implacáveis credores. O futebol colheu frutos antecipados. “Eu não esperava que fosse tão rápido assim”, confessa Gilmar. “Havíamos projetado o estádio novo antes e depois o futebol, mas os resultados vieram antes. Ainda bem, mesmo que, racionalmente, saibamos que o Gaúcho não está estruturado”.

Além de chegar a Série A-2, antiga divisão de acesso, o Gaúcho reverteu a perda do Estádio Wolmar Salton. Na prática conseguiu vender aquilo que já não era mais do Gaúcho. “O Gaúcho resolveu todas as suas pendências”, diz com orgulho o presidente. O novo estádio é para breve, já tem área definida para a Arena Wolmar Salton.

Clube sem sede
O Gaúcho é um clube sem sede. “É difícil trabalhar sem a sua sede”, reconhece o presidente que, na prática, utiliza a estrutura do seu escritório. O Café Carolina’s, no centro da cidade, transformou-se em palco para apresentações dos contratados. O telefone do clube é o aparelho celular de Gilmar que, ao seu estilo, centraliza todos os passos do Gaúcho.

Dificuldades tiradas de letra pela lateral e bola pra frente. Com que força? “O que o Gaúcho está fazendo é graças ao apoio incondicional dos torcedores”, justifica. “Me emociono ao encontrar nas ruas as pessoas com as camisas do Gaúcho. Isso não é dinheiro, isso é paixão é amor. Quem comprou  camisa, ajudou muito e nem tem ideia do quanto foi importante. Isso tem nos dado não só um suporte financeiro, mas um apoio moral fantástico”.

Parceria com a UPF
Mesmo sem sede, o Gaúcho não é um time sem-teto. O futebol encontrou albergue na Universidade de Passo Fundo. “Graças ao apoio da UPF temos toda a infraestrutura. É até contraditório, pois mesmo sem um estádio, poucos clubes no Brasil contam com o que o Gaúcho tem com o apoio da UPF”.

É um elenco-laboratório nos laboratórios da instituição. “Em jogadores profissionais foram descobertas lesões que ele nunca tiveram conhecimento. Assim estamos tratando gente como gente deve ser tratada, oferecendo a melhor orientação”.

O presidente informa que ninguém está autorizado a arrecadar dinheiro em nome do gaúcho. Explica que a melhor maneira para colaborar é através da aquisição das camisas oficiais, encontradas em algumas lojas do comércio passo-fundense. As camisas são produzidas pela Adidas, fornecedora oficial do clube. Ao adquirir uma camisa por R$ 200,00 o torcedor terá acesso aos jogos do campeonato em que o Gaúcho for mandatário.

Graças à história
A parceria de Gilmar com o técnico Ricardo Atollini iniciou em 2009. “Ele tinha sua escolinha e abraçou nosso projeto até 2018. Ricardo saiu e agora está de volta, retomando o projeto”.

Rosso, que aposta em pratas da casa, também valoriza a experiência. “Sandro Sotilli veio agregar é o mais velho. A metade do grupo é de profissionais de fora, a outra metade é de garotos da cidade. É importante essa identificação”.
O goleador Sotilli já está integrado ao Gaúcho. “Ele tem ajudado e tem sido parceiro. Ontem, estava na Expodireto divulgando a BSBios, dando um retorno ao patrocinador.  Ele já incorporou o Gaúcho”. Isso tudo, segundo Gilmar Rosso, graças à história do Gaúcho.