Limpeza no Vermelhão

Folga para os jogadores e muito trabalho para limpar o Vermelhão da Serra, que recebeu mais de 17 mil torcedores no domingo.

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No domingo, o Esporte Clube Passo Fundo empatou em um a um com o Grêmio e continua líder isolado do Grupo A pela Taça Farroupilha. Não foi apenas uma partida de futebol. Foi um jogão de bola. E para um grande público: 17.050 espectadores no Vermelhão da Serra. Um público bem acima da média do Gauchão. Um público como não se via há muitos anos num jogo em Passo Fundo.

Um público digno de boas exibições do time anfitrião e do visitante. Passo Fundo e Grêmio jogaram bola e propiciaram lances emocionantes. Mais do que um espetáculo de qualidade, também foi uma oportunidade para mostrar um Vermelhão da Serra revitalizado. E, é claro, um dos melhores gramados do estado.

A folga

Após o jogo de domingo o grupo de jogadores do Passo Fundo ganhou folga na segunda-feira. O elenco vem de uma sequência de cinco jogos, quando obteve três vitórias e dois empates. Ontem apenas o volante Gil esteve no estádio. Ele esteve entregue ao departamento médico e, agora, está retornando as atividades físicas.

Sem compromisso no meio da semana, o Passo Fundo só entra em campo no próximo domingo. Joga em Pelotas, às 16 horas, na Boca do Lobo diante do Pelotas. O grupo se reapresenta no Vermelhão nesta terça-feira, às 16 horas.

Uma grande faxina

Ontem as arquibancadas do Estádio Vermelhão da Serra estavam tomas pelo lixo do dia anterior. Milhares de copos plásticos, milhares de latas e pedaços de jornal estavam espalhados pelo estádio. Um volume de material considerável.

A faxina começou ontem pela manhã e deve prosseguir hoje e amanhã. Aliás, uma grande faxina. Até a metade da tarde a limpeza tinha passado apenas uma parte das arquibancadas, no lado oposto as sociais. O serviço foi entregue a Celso dos Santos, o conhecido “Amendoim”, que comanda uma equipe de cinco jovens. O material está sendo separado: papel e plástico de um lado e as latas em outro.

Os jovens Eduardo, Alisson, Gabriel e Mateus varriam as arquibancadas, fazendo grande montes de copos plásticos e papel. As latas foram retiradas antes e ensacadas para venda.

Comida e bebiba

Domingo, as vendas no Vermelhão da Serra foram mais de líquidos do que de sólidos. Depois do chocolate e outras guloseimas da Páscoa, a turma não quis saber de comer e estava com muita sede.

Celso ou Amendoim é conhecido vendedor de amendoim no estádio. Disse que as vendas foram um fracasso. “Muito calor e eles não comem amendoim”, explicou. Havia preparado para venda 3.000 saquinhos, mas não vendeu nem um terço. “Sobrou quase tudo”, lamentou Amendoim, que vendia cada unidade por R$ 3,00.

Mil dúzias

Mas não foi só o amendoim que encalhou. Os lanches também não tiveram uma venda satisfatória. Ronaldo Mognon explicou que as sete copas do Vermelhão venderam apenas 1.500 lanches. Esse número fica bem abaixo do que era esperado.

Em compensação a venda de bebidas foi excelente. Ao todo foram comercializadas mil dúzias ou 12 mil unidades. Foram 700 dúzias de refrigerantes, 200 dúzias de água e 100 dúzias de cerveja sem álcool.

A água que faltou

Faltou água durante a partida para a torcida do Grêmio localizada atrás da goleira à direita das sociais. Muitos torcedores ficaram irritados por não ter como comprar água ou refrigerantes.

O presidente do Passo Fundo, Selvino Ferrão, considera justa a reclamação e pede desculpas aos torcedores. Explica que isso ocorreu por uma questão de segurança, com a separação das torcidas e isolamento de algumas áreas. Na prática, foi uma falha de logística para conseguir abastecer alguns locais.

“Não tinha como caminhar entre as torcidas para transportar a água e o torcedor também não tinha como sair”, avaliou. “Vamos construir mais duas copas neste setor. Logo vamos construir uma copa grande atrás das arquibancadas dos fundos, próximo à caixa de areia”, disse Ferrão.

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