A equipe de minibaja Mas Baja Tchê, da Universidade de Passo Fundo está entre as 20 melhores do Brasil. No último mês, os acadêmicos dos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e CST Fabricação Mecânica, coordenados pelo professor Dr. Márcio Walber, participaram da 19ª competição Baja SAE Brasil – Petrobrás, realizada no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, em Piracicaba, SP.
A competição contou com a participação de 81 equipes de 68 instituições de ensino superior, representando 17 estados brasileiros e o Distrito Federal. A equipe da UPF entrou na competição na 75º posição e conquistou a 18ª colocação geral, somando 554,74 pontos de um total de 1000. De acordo com o professor Walber, esta foi a segunda vez que o carro foi testado. O primeiro teste aconteceu em novembro do último ano, na Competição Baja Sul, em Gravataí.
Novo sistema de transmissão
O projeto chamado MBT12 levou em conta a criação de um carro leve e resistente. A versão do carro que participou da competição pesava apenas 158 quilos. “Do projeto antigo para o novo foi uma redução de mais de 20 quilos. Podemos reduzir ainda mais e chegar a 150 quilos”, conta o professor. Além de todo o conhecimento em mecânica aplicado no modelo, materiais de ponta como fibra de carbono e aços de liga aeronáutica de grande resistência foram utilizados para compor a estrutura. “Apenas no enduro andamos por mais de três horas sem quebrar nenhum componente do carro”, exemplifica, sobre o desempenho do minibaja.
Dos cerca de 60 carros que iniciaram o enduro, apenas entre 15 e 20 terminaram a prova. Destaca-se ainda a primeira utilização do sistema de transmissão continuamente variável (CVT), que contribuiu significativamente para reduzir o peso e aumentar o desempenho do veículo.
Da teoria à prática
A experiência do piloto Fábio Zin, do nono nível do curso de Engenharia Mecânica da UPF e o trabalho sério de toda a equipe durante o evento, também foram decisivos para conquista do resultado, de acordo com o professor.
Além de desenvolver nos acadêmicos a capacidade de aplicar os conhecimentos teóricos em um modelo prático de desenvolvimento de produto, a competição é uma vitrine para o mercado de trabalho. “Representantes de setores de recursos humanos de várias empresas de automóveis participam das provas para conhecer o trabalho e os alunos envolvidos na busca por novos talentos”, destaca o professor.
A competição é composta de provas estáticas que envolvem o relatório de projeto, apresentação do projeto e segurança do veículo; e dinâmicas de aceleração, velocidade máxima, tração, suspension & traction e enduro de quatro horas.