Grama de inverno

Sobressemeadura reforça o gramado do Vermelhão da Serra para o inverno

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Uma nova espécie de grama foi semeada, há mais de uma semana, sobre o gramado do Estádio Vermelhão da Serra. É uma espécie de grama de inverno, a rye-grass ou céspedes, do mesmo gênero do azevém. “É uma lolium, muito utilizada na Europa e também da América do Sul”, explicou o agrônomo Jairo Lang, responsável pelos gramados do Passo Fundo. A grama semeada cresceu rapidamente e preenche espaços onde o gramado já estava afetado pelo frio. “A grama de inverno predominará até setembro e em dezembro, com o calor, acabará desaparecendo”, disse Jairo. 

As diferenças climáticas, com extremos entre o inverno e o verão, propiciam alterações que determinam mudanças de comportamento. Assim como as pessoas, o reino vegetal também é afetado pelo clima. O sintoma é mais nítido nas folhas dos plátanos que amarelam e caem prenunciando o outono. Não é diferente com as gramíneas, que alteram o tom da paisagem nos dois hemisférios. A grama de verão tem um ciclo de setembro a maio, quando seca com as primeiras geadas.

Troca para bermuda
O gramado do Vermelhão da Serra é, na verdade, uma mistura de gramas: São Carlos, quicuio, pensacola e forquilha, mas o agrônomo considera a mais adequada a bermuda. “O ideal seria a troca total para bermuda, que viria em rolos, levando o gramado atual para um campo suplementar”. Mas, pelo custo, para colocar em prática essa operação é necessária uma avaliação. Sem uma solução definitiva, de forma gradativa a bermuda poderá ser semeada na primavera e, em alguns anos, poderia ganhar espaço entre as outras qualidades existentes no gramado principal do estádio.
Os brotos verdes da grama de inverno continuam crescendo. Parecem frágeis em meio ao gramado antigo, mas isso não representa restrições ao uso do campo. “Pode jogar à vontade que em 40 dias teremos um gramado bonito com a grama de inverno”, projeta Jairo Lang. A grama de verão vai secando e a de inverno crescendo, enquanto o gramado recebe um ou dois cortes semanais. Uma prática comum em importantes estádios europeus e argentinos que agora também chega a Passo Fundo.

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