Perseverança de uma lutadora

Renata Wrzesmska lutou para perder peso e para conquistar muitas medalhas

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Renata Wrzesmska, técnica em enfermagem do IOT – Hospital do Trauma, é a segunda melhor do Brasil na modalidade Full Contact acima de 70 quilos e terceira colocada no point fight tatame no campeonato brasileiro. Além disso, Renata é a melhor do estado nas categorias Full Contact, light contato e point fight, sendo eleita, atleta destaque de Kickboxing no campeonato estadual deste ano. Selecionada para os campeonatos: Mundial, Copa do Brasil, Sul-americana e Pan-americana, Renata vem colecionando cada vez mais títulos. Quem a vê no seu dia a dia, nem imagina que a moça de fala mansa já tem todas essas conquistas. E dizer que tudo começou em razão da vaidade feminina. Renata queria perder peso e lutaria pra isso, e de fato, lutou. 

A história vencedora iniciou há pouco mais de um ano. Renata Wrzesmska, 29 anos, é atleta (lutadora) registrada pela confederação rio-grandense e brasileira de kickboxing e muaythai. “Sempre tive muita dificuldade em perder peso – efeito sanfona –, havia feito de tudo. Até que um dia vi a diferença visível de perda de peso em minha afilhada, então perguntei o que ela estava fazendo. Ela me disse que estava praticando muaythai. Resolvi então experimentar já que fazia de tudo para perder peso.” Inicialmente, Renata achou os treinamentos pesados e pensou em desistir. Mas, incentivada pelo professor Marcos Cavalheiro, decidiu continuar. Conheceu a colega de treinos Cristiane dos Santos. “Ela iniciou aos 30 anos. Foi com o exemplo dela que meu professor me mostrou que não havia idade limite para iniciar. Resolvi tentar.”

Braço quebrado
Depois de treinar bastante, Renata enfrentou seu primeiro campeonato, quando, na final, lutou com a bicampeã gaúcha. “Apanhei muito, pois entrei em choque quando vi o ginásio lotado e o pessoal da academia gritando o meu nome. Foi uma sensação única”. A estreante conseguiu passar pelo primeiro round, onde quase foi nocauteada. Mas ela insistiu. “Perseverança era minha peça chave. Passei pelo segundo round e continuava perdendo, mas não desisti”. No final do terceiro round a fatalidade. Ao se defender de um chute, Renata teve o braço quebrado. “Mas não desisti. Muita gente, inclusive meu professor, falou que nunca mais eu iria poder lutar.”

Triste, ela superou a dificuldade e voltou a competir. “Perseverança era meu nome”, diz. Participou da Copa RS de Kickboxing “onde tudo e todos estavam contra minha participação por causa do braço fraturado em tão pouco tempo”. E os resultados foram surpreendentes: três ouros (campeã estadual no full contact, light contato e point fight) além de ser a atleta destaque em 2013.

Novos desafios
Renata decidiu disputar o Campeonato Brasileiro. “Sou funcionária do hospital (Hospital do Trauma-IOT), e o Dr. César Pires me reconheceu como lutadora, e teve a ideia de me incentivar e pedir apoio da Instituição. O IOT ajudou-me a realizar esse sonho tão almejado”. Um sonho recente, consequência do desejo de perder peso “Hoje, quase 23 quilos mais magra e com muita garra, força, foco e fé, conquistei o título de prata onde sou a segunda melhor lutadora na modalidade full contact e bronze na modalidade point fight.” Agora Renata já tem novos sonhos. “O Sul-americano, pan-americano e mundial estão na minha lista de metas a serem conquistadas e como parceira e companheira tenho a instituição em que trabalho e tanto me apoia. Obrigada IOT – Hospital do Trauma, por acreditar em mim e ajudar a realizar meu sonho". E lá vai Renata para novos desafios, sempre acompanhada pela força de sua perseverança.

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