Pais e acompanhantes de crianças e adolescentes com deficiências físicas, visuais e paralisia cerebral de diversos municípios da região participaram, terça-feira, do Festival Paralímpico, realizado na Universidade de Passo Fundo. Orientados por acadêmicos e professores, os participantes puderam praticar esportes elaborados para cada deficiência, em momentos de integração e inclusão social. As ações, desenvolvidas na Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Campus I, foram promovidas por meio do Polo de Desenvolvimento do Esporte e Lazer, em parceria com a Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul. As atividades envolveram as modalidades paralímpicas de judô, atletismo, voleibol sentado, futebol, goalball, tênis de mesa e bocha paraolímpica.
Motivação e inclusão
Na abertura do evento, a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da UPF, Bernadete Maria Dalmolin, destacou que o evento proporciona momentos importantes para conhecimento dos alunos e a inclusão das pessoas portadoras de necessidades especiais, aproximando ainda mais a Universidade da comunidade. “Entendo que esta é uma atividade extremamente importante por ser inclusiva, proporcionado integração e aprendizado para todos os envolvidos”, frisou.
A coordenadora do curso de Educação Física Licenciatura, Lorita Maria Weschenfelder, lembrou a importância da parceria firmada entre UPF e Governo do Rio Grande do Sul. Ela ressaltou que uma das definições foi de que o Estado deveria realizar, enquanto gestor das políticas públicas do esporte, ações como esta nos polos regionais de esporte e lazer. Hoje a UPF é o maior polo do Rio Grande do Sul, com abrangência em 151 municípios da região. “O curso de Educação Física estar envolvido significa partilhar da implementação das políticas de esporte e lazer. Se não fossem estes eventos, certamente muitos alunos teriam dificuldade de participar de ações mais centralizadas pelo Estado. Assim, nosso aluno está tendo a oportunidade de se inserir nessa vivência real e participar da inserção das pessoas que têm deficiência, colaborando com uma ação de incentivo à inclusão”, destacou.
Política pública
Esportes adaptados não são realidade na maioria das escolas do Brasil. Para Rafael Antes, 12 anos, morador de Chapada, encontrar na UPF atividades específicas é importante. “É muito legal estar aqui, normalmente, não temos isso nas escolas, o que faz falta. Gosto de futebol e com orientação e material específico posso praticar”, destacou. Além dos acadêmicos dos cursos de Educação Física Licenciatura e Bacharelado, participaram das atividades alunos dos cursos de Fonoaudiologia, Enfermagem e uma equipe do projeto Equoterapia.
Pedro Paulo Guimarães, coordenador da Divisão Educacional da Fundergs ressaltou a importância da UPF para a região. “Nestas ações de política pública para o esporte é fundamental a participação de instituições de ensino com a credibilidade da UPF. Esse trabalho é uma forma de trazermos crianças com deficiências para que possam vivenciar um pouco de cada modalidade esportiva, para que eles possam, futuramente, buscar um trabalho com o esporte. O objetivo também é provocar um pouco os professores em cada região para que eles também sejam agentes, realizando atividades de inclusão em suas escolas”, finalizou.