Acompanhado do secretário da Saúde, Ciro Simoni, o governador afirmou que os incidentes registrados em Fortaleza (CE) na última semana - quando médicos cubanos foram vaiados no aeroporto - não devem se repetir em outros estados. "Aqui eles serão muito bem recebidos. Tenho certeza de que a ampla maioria dos médicos do Rio Grande do Sul também vai recebê-los com respeito, com carinho e atenção, porque eles não estão tirando o lugar de trabalho de ninguém. Estão ocupando os espaços que não foram desejados por médicos do nosso país", disse Tarso.
Durante a recepção aos médicos - a maioria formado na Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba -, Ciro Simoni ressaltou o trabalho de atenção básica desenvolvido no Estado, especialmente a Estratégia de Saúde da Família (ESF). O secretário garantiu que o RS ampliou os serviços no setor. "Nosso projeto é chegar a 70% de abrangência na atenção básica e isso só pode ser atingido se nós tivermos mais profissionais à disposição", disse.
Apesar de reconhecer que a chegada de profissionais do exterior não resolve os problemas da área no país, Simoni garantiu que eles serão aproveitados nas equipes da ESF. Até o final do ano, pelo menos 119 médicos devem reforçar os municípios. "A falha na atenção básica é responsável pela ampliação da necessidade de vagas e hospitais. Quanto mais atenção básica tivermos, quanto mais o paciente ou usuário for tratado antes da doença, menos pessoas serão dirigidas aos hospitais", afirmou.
Os médicos vão reforçar as seguintes cidades: Viamão, Porto Alegre, Quarai, Uruguaiana, Santa Vitória do Palmar, Chuí, Torres, São José do Norte, Tramandaí, Parobé, Garibaldi, Itaqui, Novo Hamburgo, Esteio, São Borja, Eldorado do Sul, Pelotas, Lajeado do Bugre, Flores da Cunha e Rio Grande.