Abílio Fuão: ícone do futsal em Passo Fundo

Precursor do futsal em Passo Fundo, comandou o Capinguí na conquista do Campeonato Estadual

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Ontem morreu em Passo Fundo o desportista Abílio Fuão, ícone do futsal passo-fundense. Abílio Celso Soveral Fuão tinha 71 anos e estava hospitalizado há 102 dias. Diabético, fazia diálise há três anos e teve complicações que culminaram com uma parada cardíaca. Abílio deixa a esposa Elvira Gai Fuão, os filhos Ana Paula e Augusto, os irmãos Terezinha, Maria Beatriz, Marco Antônio, Luciana e Ulisses, recentemente falecido. Ele era natural de Porto Alegre e chegou a Passo Fundo com sete anos de idade. 

Precursor do futsal

Como técnico, Abílio foi campeão estadual pelo Capinguí de Passo Fundo, pelo Wallig de Porto Alegre e teve passagens por outras equipes profissionais. Por alguns anos comandou as categorias de base do Conceição, participou dos projetos do futsal AABB e UPF/Semeato e trabalhou no Sesi. Bem antes do futsal de hoje e dos ginásios para sua prática, a modalidade esportiva era bem diferente nos anos 1960. Era o futebol de salão, porém praticado em quadras abertas de cimento. As primeiras no Colégio Conceição, depois na Praça Tochetto e, enfim, no ginásio do Capingui. Abílio Fuão foi um dos precursões deste esporte. “Abílio jogou no Los Terribles”, conta Javel do Vale. “Na época jogávamos no pátio do Conceição que era asfaltado”.

Campeão estadual

Abílio teve grande êxito como treinador, com destaque para a maior conquista de Passo Fundo na modalidade: o título estadual de 1964 como o Grêmio Náutico Capinguí. Curiosamente, a decisão ocorreu em 1965, de 11 a 15 de janeiro, no Ginásio da BM em Porto Alegre. “A delegação presidida por Aroldo Madureira Freire tinha o técnico Abílio Fuão, o massagista Daltro Pinto, o assessor de imprensa Jarbas Sampaio Correa e o mascote Luiz Freire”, lembra o goleiro Rui “Pisca” Menegaz. “No grupo tinha o Pirata, Valter Hugo, Joben, Delano, Getúlio Chaves, Rubens Quirino, Pedrinho França, Dorley Spessatto e Cotinha”. Na partida decisiva, o Capinguí vencia o Guarani de Bagé por 2 a 1. “Nos últimos segundos peguei uma bola com uma mão só e o Abílio quase teve um ataque”, recorda Pisca. Luiz Freire, ex-atleta profissional e treinador, não jogou com Abílio, mas acompanhou de perto seu trabalho: “Ele foi muito importante para o esporte e aprendi bastante com ele”.

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