O E.C.Passo Fundo entra em campo nesta segunda-feira, com a possibilidade de quebrar um jejum de títulos que já dura 27 anos. A única taça de campeão foi erguida justamente no primeiro ano de existência do clube. Em 1986, a equipe do técnico Paulo Sérgio Poletto, comandada dentro de campo pelo maestro Claudio Freitas, ficou com o título da Segundona e garantiu vaga na elite do futebol gaúcho.
Nas quase três décadas de existência, o Passo Fundo esteve pelo menos mais duas vezes perto de repetir o feito. Uma delas, em 1998, na Copa Abílio dos Reis. A competição, disputada no segundo semestre, oferecia duas vagas à série A do ano seguinte. O Passo Fundo, do técnico Eugênio Silva, garantiu uma delas, ao vencer o São José de Cahoeira nos pênaltis por 6 a 5, após empate em 1 a 1 no tempo normal. No entanto, o título ficou com o Lajeadense.
A segunda oportunidade faz parte do passado recente do clube. Em 2012, o tricolor, do técnico Ricardo Atolini, voltou a disputar o título da Segundona, mas perdeu a decisão para o Esportivo de Bento Gonçalves. O time da serra era treinado pelo técnico Luiz Carlos Winck, atual comandante tricolor.
Campeão do turno da Copa Serrana, o Passo Fundo venceu o confronto da decisão do returno, pelo placar de 1 a 0, contra o Lajeadense, na quarta-feira. Para soltar o grito de campeão, basta um empate no jogo da volta hoje à noite.
Presidente do clube, Selvino Ferrão diz que o clube passou por muitas dificuldades ao longo destes 27 anos, mas vive um momento especial. Com o pagamento de dívidas no valor de aproximadamente R$ 800 mil, o Passo Fundo vem crescendo a cada ano.
O indicativo mais significativo desta evolução, diz ele, é o fato de manter o departamento de futebol na ativa durante o segundo semestre. “Nos outros anos o grupo era formado faltando poucos dias para início das competições do primeiro semestre. Agora estamos com o plantel praticamente definido e entrosado. Um grupo que vem dando uma resposta muito positiva com uma comissão técnica de alto nível” avalia o presidente, que mais uma vez lamentou a falta do torcedor no estádio. Mesmo com a melhor campanha na competição, a média de público no Vermelhão da Serra durante a Copa Serrana tem sido de 300 torcedores. “Podemos conquistar o segundo título na história do clube nesta segunda. Precisamos do apoio do nosso torcedor” diz.