A Seleção Brasileira fez jus ao recorde de público em um jogo de futebol na Flórida (71.124 pagantes). No sábado, no Estádio Sun Life, em Miami, o time de Felipão se impôs com autoridade para golear Honduras por 5 a 0.
Em um jogo que o adversário tentou neutralizar o Brasil com seguidas faltas, o time respondeu como sempre deve acontecer: com gols e bela exibição.
O jogo foi disputado, desde o primeiro minuto, em ritmo intenso. A Seleção de Honduras mostrou que estava disposta a fazer mais do que um amistoso, pelo empenho, até mesmo exagerado, na disputa de todos os lances.
Além disso, os hondurenhos tentavam jogavam com velocidade, de maneira ousada, não parecendo preocupada com muitos cuidados defensivos. Ao contrário, quando retomava a bola, tentava sair tocando desde a sua defesa, às vezes na tentativa de dribles, o que lhe acabou custando caro.
Antes de o primeiro gol sair, Neymar já havia feito uma bela jogada, com um passe perfeito para Bernard, depois de um "lençol" aplicado no marcador. Até que aos 21 minutos, o zagueiro hondurenho tentou sair driblando, perdeu a bola, do que se aproveitou Paulinho para cruzar na medida - o passe encontrou Bernard no meio da área e seu chute certeiro para abrir o placar.
Daí para a frente, a Seleção Brasileira tomou de vez conta do jogo. Envolveu completamente o adversário com rapidez no toque de bola e muita movimentação, principalmente na frente - Oscar, Neymar e Bernard trocavam frequentemente de posição, confundindo marcação.
O Brasil voltou para o segundo tempo com duas modificações: Robinho e William substituíram Jô e Bernard. Em sua segunda participação, Robinho arrancou pela esquerda e foi derrubado. Neymar cobrou para o meio da área, e o zagueiro Dante marcou de cabeça, com a bola desviando em um zagueiro antes de entrar. Aos 10 minutos, Brasil 2 a 0.
Era a melhor reposta para o jogo ríspido que com que a seleção de Honduras tentava intimidar o time brasileiro. Assim como foram também os dribles em sequência de Neymar, escapando das tentativas dos hondurenhos de derrubá-lo. Contra a força, no futebol, prevalece sempre o talento.
Como prevaleceu ano 20 minutos, na primeira jogada de Ramires, que entrara no lugar de Oscar. Ele recebeu de Maicon e cruzou com precisão para a área: Robinho escorou de cabeça para a conclusão de Paulinho, que entraria não fosse a intervenção de um zagueiro, mas na sobra não houve erro: Maicon botou para dentro e fez 3 a 0.
Felipão aproveitou a vantagem para ver mais jogadores em ação. Dos que entraram, dois mostraram logo serviço: aos 21 minutos, depois de troca de passes, Hulk deixou William livre para fazer 4 a 0.
O lance mais bonito, contudo, estava por vir. À essa altura, cansado de correr atrás sem conseguir mais sequer parar com faltas os brasileiros, o time de Honduras foi posto definitivamente na roda. Como aconteceu no lance que resultou no quinto gol. Sempre com passes de primeira, mas dessa vez com direito ao exagero de três toques de calcanhar: de Ramires para Robinho, deste para Hulk, que também ajeitou de calcanhar antes da bomba de perna esquerda para o fundo da rede.
Robinho, que entrou bem no jogo, já tinha antes acertado a trave. A Seleção Brasileira não deixava mais o adversário jogar, rondando a sua área, com a bola correndo limpa de lado a lado do campo. Ele se movimentou com inteligência, dando passes certeiros, como o que originou a jogada que por pouco não levou ao sexto gol, com o goleiro abafando o chute final de Ramires.
O jogo estava liquidado, os hondurenhos sossegaram, obrigados a se curvar ao futebol bonito do Brasil que se traduziu de maneira merecida no placar de 5 a 0.