“Foi frustrante”. Assim o árbitro Márcio Chagas da Silva classifica o resultado do primeiro julgamento diante da sua expectativa. Sem querer entrar em méritos jurídicos, entende que “é necessária uma punição exemplar que seja um marco para dar um basta”. Por envolver racismo, Márcio lembra que “é a partir de um crime e deve ser encarado assim”. Sobre a repercussão do fato, avalia que “sinceramente não imaginei que fosse ter tamanha repercussão, até internacional”. Ele entende que situações como essa não podem ser relacionadas apenas ao futebol e “estão no dia-a-dia”. Recordando o episódio ocorrido em Bento Gonçalves, após apitar um jogo do Esportivo, o árbitro diz que “me senti completamente violentado pelo que aconteceu. Não poderia me calar, pois seria covardia deixar impune por eu ter passado por isso”. Márcio participará do julgamento desta quinta-feira. “Vou estar presente na Federação, fui citado. No primeiro julgamento não fui, mas desta vez vou me manifestar sobre o que ficou pendente”, explicou.