Se na escalação das equipes o primeiro nome é o do goleiro, na Seleção Brasileira os goleiros foram os primeiros escalados para a entrevista coletiva. Ontem, os três goleiros da Seleção Brasileira, Julio César, Jefferson e Victor, foram os primeiros jogadores a falar com a imprensa na etapa de preparação para a Copa do Mundo 2014. Jefferson deu o pontapé inicial nas entrevistas e ressaltou a importância de a maioria do time ter disputado e conquistado a Copa das Confederações no ano passado. “Todos que estão aqui são merecedores. A maioria do grupo conquistou a Copa das Confederações e desde lá formamos uma família, um grupo que torce uns pelos outros, e que está aqui para trazer esse título para casa”. Dos três goleiros, Victor é o único que não estava no grupo da Copa das Confederações do ano passado, mas procura cada vez mais seu espaço dentro da Seleção Brasileira. “Nós temos uma disputa saudável aqui dentro. Acredito que se o Felipão nos convocou, é porque merecemos”.
Goleiro por opção
Julio César Spíndola começou a jogar futebol como todo garoto brasileiro. No futebol de campo e no de salão, era zagueiro. Só que, mal surgia uma oportunidade, ele corria para ficar debaixo da trave, para ser o goleiro. “Sempre gostei de jogar de goleiro. Desde garoto, mesmo sabendo que não fazia feio na linha. E meu ídolo era o Zé Carlos, do Flamengo, contou”. Como goleiro do juvenil do Flamengo, foi requisitado para o time profissional em 1997. Já demonstrando uma incrível personalidade para os seus 17 anos, Julio não demorou a conquistar o seu espaço. Escalado como titular num Fla-Flu, defendeu um pênalti. Desde então, Julio Cesar se tornou um especialista na defesa de pênaltis. Segredo? “Não gosto de falar sobre isso. Presto muita atenção no lance, no jeito do cobrador correr, mas quem dá as maiores informações são os treinadores de goleiro”.