A Argentina precisou de quase 120 minutos para fazer um gol na Suíça e seguir adiante na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Diante de 63.255 torcedores na Arena Corinthians, em São Paulo, os suíços seguraram o 0 x 0 até os 12 minutos do segundo tempo da prorrogação, mas não foram capazes de evitar que Messi fizesse grande jogada para entregar a bola no pé esquerdo de Di Maria, que marcou o único gol da partida.
Nos acréscimos, dois lances impressionantes a favor da Suíça ainda levariam emoção até o último instante da partida eliminatória. Já passavam os 15 minutos do segundo tempo da prorrogação quando o goleiro Benaglio, que correu para a área e virou atacante, desviou uma bola num escanteio meio sem direção. Ela sobrou para Shaqiri na direita do ataque. Ele cruzou na media para Dzemaili, livre dentro da pequena área argentina. O cabeceio, no entanto, encontrou o pé da trave e voltou na perna do suíço, que não teve equilíbrio para chutar. A bola acabou saindo pela linha de fundo.
Já aos 17 minutos, uma falta na meia lua da área a favor da Suíça decretaria o último lance do jogo. Todos os jogadores argentinos se posicionaram na barreira, na linha do pênalti, para defender o goleiro Romeiro. Nas arquibancadas, nas Fan Fests e em todos os pontos da Argentina houve preces, que acabaram atendidas. Shakiri cobrou a falta na barreira e, no instante seguinte, o juiz decretou o fim do jogo.
Com o resultado, a Argentina terá pela frente o vencedor de Bélgica e Estados Unidos, que jogam às 17h, na Arena Fonte Nova, em Salvador. O confronto das quartas de final será às 13h do dia 5 de julho, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.
O jogo
Embora a Argentina mantivesse a bola a maior parte do tempo, os lances de perigo aconteceram para os dois lados durante o primeiro tempo. A Suíça teve as duas principais oportunidades.
A primeira delas foi aos 27 minutos. Shaqiri fez linda jogada pela direita do ataque, cruzou para a altura da marca do pênalti e Xhaka finalizou forte para ótima intervenção do goleiro argentino Sergio Romero.
Na sequência, a Argentina foi ao ataque e Ezequiel Lavezzi pegou rebote da defesa para chutar de dentro da área, mas Benaglio defendeu sem dificuldades.
O primeiro cartão amarelo da partida saiu aos 35 minutos. O suíço Xhaka fez falta dura em Lavezzi na linha central do gramado e foi advertido pelo árbitro sueco Jonas Eriksson.
Outra chance perdida pelos suíços aconteceu aos 38. Com apenas três toques, o time europeu chegou rápido à área argentina. Shaqiri deixou Drmic sozinho, frente a frente com Romero, mas o atacante tentou lance de efeito e não conseguiu encobrir Romero.
O segundo tempo começou como o primeiro terminou: Argentina com o domínio e a Suíça encaixando contra-ataques. E foi assim que Shaqiri encontrou Drmic novamente dentro da área – e o suíço chutou para fora, sem perigo para Romero.
Em dois lances em menos de cinco minutos, Benaglio salvou a Suíça com defesas importantes: aos 13, em chute cruzado de Rojo pela esquerda, e a aos 16, após cabeçada de Higuaín à queima-roupa.
A Argentina partiu com tudo para cima após os 30 minutos. Benaglio evitou mais um aos 32, quando Messi disparou forte chute de perna esquerda. Mesmo com vários jogadores atrapalhando a visão, o goleiro suíco fez sua terceira grande defesa no jogo.
Até o fim do tempo normal, a Suíça conseguiu bravamente segurar as investidas argentinas.
Prorrogação
Diego Benaglio apareceu bem novamente no primeiro dos 30 minutos de prorrogação. Di Maria cobrou escanteio fechado e o goleiro saiu com os punhos fechados e evitou a finalização de Garay. Depois disso, a primeira etapa do tempo adicional não teve mais lances incisivos. As equipes sentiram o cansaço e correram menos.
Benaglio apareceu mais uma vez aos 3 minutos do segundo tempo. Di Maria arriscou de fora área e o goleiro voou para tirar a bola que entraria no ângulo esquerdo. Os argentinos seguiram pressionando e os suíços se seguravam de todas as maneiras.
O gol argentino só saiu aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação, após ótima jogada de Messi e finalização de Di Maria. Benaglio, desta vez, nada pode fazer.
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