Falta uma pista

Duda deixa o Motocross e disputa no Velocross

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Maria Eduarda: sem local para treinarMaria Eduarda: sem local para treinar
Maria Eduarda: sem local para treinar
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Maria Eduarda Salomoni é piloto de motocross. Porém a carreira não é fácil, pois Duda tem que superar obstáculos dentro e fora das pistas. Até o início do ano, esteve afastada por uns tempos das competições para recuperar-se de uma fratura na clavícula. Aliás, uma segunda fratura de clavícula ocorrida nas pistas de Motocross. Mas neste ano ela encontrou outra dificuldade: a falta de um local para treinar em Passo Fundo. “Tive que deixar de lado o Campeonato Gaúcho e o Brasileiro por duas causas: não ter pista próxima para treino, e não ter patrocínio”, desabafa a desportista de 20 anos. “Não tenho como manter o alto custo de viajar 60 km de ida e mais 60 km de volta duas vezes por semana. Tenho que fazer 240 km para poder treinar 2 horas em uma pista especifica”. A falta de uma pista desanima. Esse deslocamento não é problema apenas para Maria Eduarda. “Em Passo Fundo parece que nada vai pra frente a respeito ao nosso esporte. Tem pilotos bons desistindo, pois não está fácil”, diz desanimada.

Velocross por opção
Para não abandonar o motociclismo, Dudinha está em novas trilhas. Agora acelera no Regional de Velocross, também conhecido como veloterra. “É uma pista sem saltos e exige mais velocidade na terra, não tem muito risco de erros e eu posso treinar curvas sem ser em uma pista. Isso é o que eu vou conseguir fazer este ano. Mesmo assim o custo é grande com a manutenção da moto, mas as viagens não são tão longas”. Maria Eduarda vai correr no próximo dia 10 de agosto, em Nicolau Vergueiro. Também pretende disputar a etapa de Sananduva, em 14 de setembro. Antes, porém, passará por uma cirurgia um mês antes. “Será para remoção de uma placa de platina na clavícula, do acidente do ano passado”. Mas a piloto está confiante. “Vou ter que me puxar. Terei 20 dias para melhorar da cirurgia e estar correndo já”.

Falta incentivo
Duda teve que trocar de moto. “Acabei usando o que tinha guardado para fazer o campeonato”, diz para exemplificar as dificuldades. “Passo Fundo não incentiva em nada, em Carazinho estão fazendo uma bolsa atleta”, compara. Além da falta de uma pista para treinar, Duda também não conta com patrocínio. “Realmente eu não tenho como manter, estar indo a outra cidade para poder treinar. Já pensei em desistir, mas moto é uma coisa que me motiva desde pequena, ando há cinco anos, mas o Motocross está na minha vida há mais de 12 anos. Então eu penso que jogar 12 anos da minha vida fora, é um sonho é uma vida inteira. Não sei quanto tempo vai levar para ter uma pista aqui em Passo Fundo, só que o tempo esta passando. Eu tive que abandonar o motocross este ano, por que se torna perigoso fazer sem treinos. Realmente para mim é muito triste, me desanima muito”. Mesmo emocionada, Dudinha não perde o ímpeto que tem nas pistas: “tenho fé de que no ano que vem vai dar tudo certo”.

 

 

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