Durante a tarde de quarta-feira (03), o Grêmio passou por julgamento no Rio de Janeiro, na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O time foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasil de Justiça Desportiva (CBJD), referente ato discriminatório. Tricolor foi enquadrado no artigo após o goleiro Aranha, do Santos, ser chamado de macaco por torcedores do Grêmio. Para a defesa, o time contratou Michel Assef Filho, advogado do Flamengo, além dos defensores do clube: Brunetto, Jorge Petersen e Gabriel Vieira.
O time corre o risco de perder mandos de campo e até de exclusão da Copa do Brasil. A Polícia Cívil de Porto Alegre investiga o caso e teria identificado seis torcedores, acusados de insultos racistas.
Na segunda-feira (01), o Grêmio divulgou uma nota oficial, comunicando medidas em relação à torcida Geral. Leia a nota na integra:
O Conselho de Administração do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, no uso de suas atribuições e considerando a gravidade dos fatos ocorridos no jogo entre Grêmio e Bahia, pelo Campeonato Brasileiro 2014, os quais tiveram claramente o objetivo de prejudicar o Clube, resolve:
1) Suspender por tempo indeterminado qualquer atividade da torcida organizada denominada Geral do Grêmio;
2) Proibir, por parte da referida torcida, a utilização das marcas de propriedade intelectual do Clube;
3) Identificar possíveis sócios envolvidos no episódio para ultimar medidas administrativas visando seu desligamento da atividade associativa e da frequência ao estádio, se for o caso;
4) O Clube, diante dos últimos fatos ocorridos em relação ao campo de jogo, estudará, em conjunto com a Arena, formas de evitar que novos incidentes acarretem em multas, perda de mandos de campo e prejuízos à imagem do clube e de sua ordeira torcida.
Aos torcedores, jogadores e funcionários do Grêmio e integrantes das demais torcidas organizadas, agradecemos pelo apoio e engajamento que sempre emprestaram às campanhas de conscientização realizadas pelo Clube, especialmente no jogo do último domingo.