O Esporte Clube Passo Fundo quer investir nas categorias de base. Por esta razão, o clube apresentou ontem dois projetos para captar recursos da Lei de Incentivo ao Esporte (federal e estadual) através dos quais é possível abater os valores destinados tanto no imposto de renda como no ICMS. Um dos projetos pretende captar R$ 318 mil e outro é de R$ 420 mil. Os dois são para formar as categorias de base do clube segundo um dos dirigentes, Gabriel Mozzini.
“O E. C. Passo Fundo tem todos os quesitos necessários. É uma questão de tempo. Ou demora mais ou demora menos, mas os dois serão aprovados e o projeto para o ano que vem é estar com uma categoria de base muito mais forte dos que os últimos anos”, relata Mozzini. Os projetos são considerados importantes pelo clube, uma vez que os atuais atletas da base precisam pagar uma mensalidade de R$ 50,00. Quando os recursos vieram através dos incentivos, os atletas poderão participar de forma gratuita. Além disso, o clube jogará mais campeonatos qualificados, onde o custo de logística é maior. Neste ano o Passo Fundo está jogando apenas o campeonato regional. A ideia para o ano que vem é disputar a 1ª divisão do Campeonato Estadual sub-15 e sub-17. “A gente consegue essas vagas através do time profissional. Uma vez que o clube está na primeira divisão, o sub-15 e o sub-17 também estão. E isso é muito importante. Além disso, queremos disputar outras duas importantes competições para as categorias de base: a Copa Itá e a Copa Colinas”, diz Mozzini.
O projeto
A Federação Gaúcha de Futebol incentiva e auxilia para que os clubes gaúchos tenham categorias de base cada vez mais fortes. Através da Lei de Incentivo ao Esporte, todos os clubes que possuem categorias de base podem participar com projetos. Além do Passo Fundo, clubes como Juventude, Lajeadense, Sapucaiense, Novo Hamburgo, Esportivo são outros que estão apostando nesse tipo de captação de recursos. E para o gestor de projetos da FGF, Mauricio Andrade, isso auxilia não só o clube mas toda a comunidade. “A gente dentro do possível procura dar suporte para que os projetos sejam aprovados. Isso facilita a relação de apoio da comunidade empresarial. Até então só existia a relação de publicidade através das marcas nas camisetas e para a base é complicado”, disse.
No Passo Fundo, o gestor destaca que existe uma peculiaridade em comparação com os outros clubes que estão aderindo ao projeto. “Aqui, o projeto está sendo desenvolvido unicamente pelo Passo Fundo. O clube anda com suas próprias pernas. Tem as certidões negativas, tem toda infraestrutura que precisa. Isso é um grande diferencial. A maioria dos clubes não tem e fazem parceria com outras entidades”, finaliza Andrade.