Em 19 de dezembro de 2013, o Sport Club Gaúcho protocolou solicitação na Prefeitura de Passo Fundo para assumir o Ginásio Teixeirinha. Demandas políticas e burocráticas superadas, sábado, o Conselhão sinalizou com o verde do Gaúcho. Por unanimidade, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Passo Fundo foi favorável à proposta do clube. O Ginásio Teixeirinha é municipal e, desde a concepção ao atual abandono, agrega polêmicas nas proporções da sua própria imensidão. Depois de interditado, foi oferecido em edital à iniciativa privada. A única proposta surgiu do Gaúcho, um vizinho que está erguendo a sua nova casa nos fundos do ginásio. Pela proximidade, a proposta do Gaúcho tem um encaixe adequado. Mais que prerrogativas de vizinhos, prevalecem os interesses das partes. E, claro, da comunidade. Assim, o elefante branco ganha tons esverdeados.
As reformas
Para usufruir do local, o Gaúcho deverá cumprir algumas exigências. “Terão um custo inicial de R$ 1 milhão”, explica o presidente Gilmar Rosso. Porém, esse custo pode ser ainda maior, segundo os estudos elaborados pelo clube. “Vamos consertar o telhado, demolir algumas paredes externas de tijolo à vista e reformar vestiários, camarotes e instalações sanitárias”, explicou. O telhado tem uma área afetada numa extremidade que, segundo levantamentos, necessita de 15 novas telhas de zinco. Nas paredes externas os problemas não são estruturais. Além disso, outros consertos são necessários para recuperar alguns pontos que foram alvo do vandalismo. Enfim, para obter a concessão de uso o Gaúcho terá que arcar com a sua parte.
A utilização
Com a Arena Wolmar Salton, que está em construção praticamente junto ao ginásio, a integração entre os locais é quase natural. Nos fundos do Teixeirinha ficam camarins, vestiários e outras dependências. Nesta extensão inicia o vínculo ginásio-estádio. “Um lugar adequado para os vestiários e até mesmo alojamento dos atletas, preservando camarins para os shows”, explica Rosso. Com estas instalações e uma casa de força com um transformador para elevada demanda, diminuem os custos do Gaúcho nas obras da Arena. Mas a concessão de uso do ginásio não está limitada a esse vínculo com o futebol. “Não é só para o Gaúcho, é para a comunidade. Tem espaço para o vôlei, para o futsal e para espetáculos”, deixou claro Gilmar.
No caminho
Após a luz verde do Conselhão, restam poucos caminhos burocráticos até a conclusão da documentação de concessão de uso. Cumpridos os trâmites legais e possíveis pequenos ajustes na proposta, logo a documentação será assinada. Com base nos estudos do engenheiro Jorge Rossatto, o presidente avalia que “depois de assinado, acredito que entre 45 e 60 dias concluiremos os consertos necessários no Teixeirinha”. Informou, ainda, que o clube conta com apoios espontâneos nessa grande empreitada. “Três empresários já nos procuraram”. Também avalia que, através desta concessão e com a nova arena, “teremos um grande complexo, um novo patamar e um centro poliesportivo que irá agregar a todos”.