Teve a Copa do Mundo no Brasil em 2014. Um campeonato de contradições e de muito futebol. Contrariando aqueles que diziam “não vai ter Copa”, teve! Contrariando os prognósticos de problemas nos aeroportos, falhas na infraestrutura dos estádios e na logística, tudo funcionou direitinho. Contrariando favoritismos, a Espanha ficou pelo caminho, o Brasil foi atropelado, a Argentina chegou à final e a Alemanha sagrou-se a campeã. Contrariando saudosismos e o descrédito no futebol atual, as seleções jogaram um bolão. Só não houve contrariedade ao encanto do futebol e suas constantes surpresas. Paixões de lado, tudo rolou bonito. Dentro e fora de campo.
Alemanha conquista o tetra
Gol na prorrogação contra a Argentina garantiu o primeiro título de uma seleção europeia em Mundial disputado na América
Domingo, 13 de julho de 2014, Maracanã, Rio de Janeiro. A Copa do Mundo no Brasil foi decidida com uma canhota, e não foi a de Messi e nem em favor de Messi. Aos 7 min do segundo tempo da prorrogação, a perna esquerda de Mario Götze deu à Alemanha seu quarto título mundial. Pela primeira vez uma seleção europeia venceu um Mundial disputado na América - na mão inversa, apenas o Brasil conseguiu tal façanha, em 1958. Com a quarta conquista, a Alemanha tem o mesmo número de títulos que a Itália e um a menos que o Brasil. Foi a terceira derrota argentina em finais de Copa, a segunda diante dos alemães. Götze saiu do banco para virar herói da conquista alemã. O atacante do Bayern de Munique matou no peito um cruzamento e marcou o único gol da decisão da Copa. Foi a senha para a explosão dos alemães num Maracanã tomado pelos argentinos. Na tribuna estavam a presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã, Angela Merkel. A presidente argentina, Cristina Kirchner, não veio para a final.
Vexame na despedida e um 4º lugar
Seleção Brasileira perdeu para a Holanda em goleada “light”: 3 x 0
Sábado, 12 de julho de 2014, estádio Mané Garrincha, em Brasília. Diante de um estádio lotado, a seleção brasileira foi derrotada com facilidade pelos holandeses, por 3 a 0, na disputa do terceiro lugar. Em quarto lugar, o time nacional encerrou o Mundial com o pior aproveitamento de pontos em 40 anos. A pífia campanha, que teve três vitórias, dois empates e duas derrotas, deixou aos comandados por Felipão com só 52,4% de aproveitamento, o mesmo da Copa de 1974. O Brasil também se despediu como o anfitrião que mais gol tomou em Copas, 14. Logo após o fracasso, Felipão anunciou que entregou o cargo.
Argentina na final
Os argentinos venceram a Holanda nos pênaltis e chegaram à final da Copa
Quarta-feira, 10 de julho de 2014, Itaquerão, São Paulo. À tarde foram 63.267 pessoas para assistir uma semifinal da Copa do Mundo 2014. Foi um jogo em que a Holanda manteve sua tradição de jogar como nunca e perder como sempre. A partida avançou noite adentro na sétima prorrogação da Copa, após o primeiro 0 a 0 do estádio. Foi um duelo eletrizante que levou a Argentina para a final da Copa, após bater a Holanda nos pênaltis. Batidas do lado onde havia maior concentração da torcida argentina, as cobranças consagraram o goleiro Romero, que pegou duas cobranças. Vlaar errou a cobrança que abriu a série e Sneijder também perdeu: festa argentina no Itaquerão.
Atropelado em casa
Brasil foi massacrado pela Alemanha e sofreu sua pior derrota na história: 7 x 1
Terça-feira, 08 de julho de 2014, Mineirão, Belo Horizonte. Irreconhecível e totalmente dominada, a seleção brasileira foi massacrada pela Alemanha, com uma goleada de 7 a 1 na semifinal da Copa do Mundo. Foi a pior derrota sofrida pela seleção brasileira em sua história centenária. Foi um banho de bola. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete... No confronto contra os alemães, a seleção brasileira entrou em campo com um time que nunca jogou junto e foi totalmente dominada. Com a vitória, a Alemanha chegou à oitava final em Copas e se isola como recordista. Os alemães superaram justamente o Brasil que tem sete decisões.
Riquezas do Brasil
Finalmente a tão esperada Copa do Mundo
Sexta-feira, 12 de junho de 2014, Itaquerão, em São Paulo. A Copa do Mundo 2014 teve cerimônia de abertura, com uma homenagem às riquezas naturais e à cultura do Brasil. Em 25 minutos, desfilaram os grandes tesouros brasileiros: a natureza, as pessoas e o futebol brasileiro. O evento teve a participação de 660 pessoas, com a presença de diversos chefes de Estado e de governo. Após a cerimônia, na troca de riquezas, o futebol substituiu a música: Claudia Leitte deixava o palco e Fred entrava em campo. Com muito sofrimento e uma contribuição do árbitro japonês Yuichi Nishimura, a seleção brasileira venceu a Croácia por 3 a 1, de virada. Mas não foi fácil. Certamente já era um prenúncio dos ‘deuses’ do futebol.