A equipe Mas Baja Tchê, formada por oito alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica da Universidade de Passo Fundo, participou, entre os dias 31 de março e 3 de abril, da 22ª competição Baja SAE Brasil, realizada na cidade de São José dos Campos, São Paulo. A equipe apresentou grande progresso, tendo evoluído, em relação ao evento do ano passado, 14 posições, alcançando, nesta edição, a 14ª colocação na classificação geral, dentre as 74 equipes que participaram do evento.
O veículo Baja, desenvolvido pelos alunos da UPF, participou de diversas avaliações estáticas, compreendidas pela elaboração e apresentação de um relatório de projeto para especialistas no assunto, prova de segurança, avaliação de motor e avaliações dinâmicas compreendidas pelas provas de conforto, frenagem, tração, aceleração/velocidade máxima e suspension and traction, concluídas por meio de um enduro de quatro horas de duração em uma pista extremamente severa. Os resultados das avaliações estáticas e dinâmicas foram considerados muito satisfatórios, sendo que na avaliação estática de segurança, onde mais de cem itens são avaliados, o veículo não perdeu nenhum ponto, marca atingida pelo segundo ano consecutivo.
A equipe foi premiada com o troféu de 3º lugar na prova de suspension and traction, na qual o veículo é extremamente exigido em uma pista totalmente irregular e com obstáculos complexos, que exigem o máximo de performance e resistência. “Esta é, sem dúvida, talvez a prova mais difícil da competição, tendo em vista que menos de 20% dos participantes conseguem completá-la sem quebras, e também define o grid de largada do enduro”, comenta o professor Dr. Márcio Walber, do curso de Engenharia Mecânica da UPF, que, junto com o professor Lucas Zavistanovicz, coordena a equipe Mas Baja Tchê.
Aprendizado, na teoria e na prática
Para os coordenadores, projetos como esse exigem muito dos alunos, que são desafiados a projetar, fabricar e testar um veículo off road, tendo como padrão apenas um motor com potência de 10 HP, tendo como premissa desenvolver um veículo que apresente grande competitividade e baixo peso, aliado à grande resistência e durabilidade, seguindo o regulamento imposto pela SAE Brasil. “Esse tipo de trabalho extracurricular é uma excelente oportunidade para os alunos completarem seu aprendizado, pois faz com que coloquem em prática o que aprendem de forma teórica ao longo da graduação em uma situação real, onde participam e visualizam todas as etapas do desenvolvimento completo de um produto”, avalia.
O próximo desafio que a equipe irá enfrentar é a competição regional, que ocorre ainda este ano. O desafio maior será a produção de um novo projeto de veículo, tendo em vista que cada projeto tem um prazo de validade de dois anos, determinado pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE). Nos próximos dias, a equipe estará selecionando a entrada de novos alunos integrantes para atuar junto ao projeto.
Equipe Mas Baja Tchê participa de competição nacional
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