O espírito olímpico invadiu Passo Fundo. Na noite de domingo, a Tocha Olímpica iluminou os corações de milhares de pessoas que acompanharam o revezamento pelas ruas da cidade. A chama que simboliza a paz aqueceu o sentimento olímpico. Foi emocionante. O tenista Marcos Daniel abriu o revezamento. Um grande público esteve no Largo da Literatura, na primeira celebração em Passo Fundo. O revezamento prosseguiu, teve a participação do automobilista Cláudio Ricci e foi passando por 35 mãos. A Praça Tochetto, a Praça do Teixeirinha e o Colégio Notre Dame foram locais com grandes concentrações. Calor da tocha pelas ruas e avenidas, calor humano nas calçadas.
Gente
Passo Fundo é uma das 83 cidades-celebração. A programação da Tocha Olímpica culminou com uma grande festa no Parque da Gare. O local, recentemente remodelado, recebem no mínimo quatro mil pessoas. Foi uma grande festa, seguindo os padrões do roteiro da chama olímpica pelo Brasil. Música, brincadeiras, informações sobre os Jogos Rio 2016 e os brindes oferecidos pelos seus patrocinadores. Chimarrão, cadeiras de praia, gritos de alegria das crianças e uma cúmplice e envolvente emoção no ar. Foi uma festa, quando todos estavam ansiosos esperando a tocha passar. Muita alegria, pois o espírito já pairava sobre o imenso Parque da Gare.
Orgulho e amor
O tempo foi passado, Mas a grande festa iniciou às 21 horas e 20 minutos, quando a chama da tocha refletiu. Veio carregada pelo passo-fundense Gustavo Endres, atleta do vôlei ganhador de uma medalha de Ouro e outra de Prata. A alegria de Gustavo foi contagiante, com um enorme sorriso e gestos que transmitiam sua imensa alegria. Nesse clima descontraído, ele pediu para ampliar a contagem de cinco para dez. E ganhou dez segundos para transmitir ainda mais alegria. Logo em seguida, o ilustre passo-fundense olímpico detalhou toda essa emoção. “Nada se compara ao que eu senti hoje aqui. Senti orgulho, senti amor. Passo Fundo faz parte da Olimpíada Rio 2016”.
Inclusão olímpica
O secretário dos Esportes de Passo Fundo, Gilberto Bellaver, agradeceu aos organizadores pela inclusão de Passo Fundo na condição de Cidade Celebração. “Passo Fundo faz parte da história das olimpíadas”. Apresentou os convidados que estavam ao seu lado no palco. O Sandro, aluno da Apae, Carmem viúva do jogador medalha de prata Kita, o secretário estadual Juvir Costella, o secretário municipal Pedro Almeida, o professor e pesquisador Ubirajara Oro e Hugo Lisboa, que disputou os Jogos Mundiais Escolares em 1967. Foi jogo rápido e a breve cerimônia foi encerrada com a transferência da chama olímpica para duas lanternas. A pira foi apagada, mas a centelha olímpica dormiu em Passo Fundo, após cumprir a missão de aquecer o nosso espírito olímpico. E mexer com a nossa emoção.