O evento de revezamento da Tocha Olímpica em Passo Fundo deverá deixar alguns resultados permanentes pela cidade. Além da alegria, da união e do respeito manifestados durante todo o percurso, o estímulo aos esportes e a valorização dos atletas locais tendem a ser fortalecidos com o evento histórico da noite de domingo. A avaliação é do secretário de Esportes Gilberto Bellaver.
O número é extraoficial, mas estima-se que cerca de 50 mil pessoas participaram das atividades pela passagem da Tocha Olímpica no município. Nas ruas demarcadas para o trajeto e no Parque da Gare milhares de pessoas prestigiaram a atividade. Bellaver destaca que desde que o município recebeu o convite já se sabia da responsabilidade em sediar um evento como este, mesmo assim, nem ele imaginava que seria algo tão grande. “O meu sentimento é para que a atmosfera produtiva de ontem deve continuar em nós passo-fundenses. Esse é o espírito não só de olimpismo, mas o espírito de vida. Temos que ser pessoas entusiasmadas”, enfatiza.
Passo Fundo é um celeiro de atleta, nas próprias palavras do secretário e professor que há mais de 20 anos se dedica ao desenvolvimento do voleibol na cidade. Para ele, o evento da passagem da Tocha Olímpica de alguma forma homenageou a todos os esportistas do município. “Dos 35 condutores nem todas eram esportistas e esse também é o espírito olímpico, as pessoas que têm o olimpismo no coração independente de serem atletas. Esse espírito de solidariedade é que leva o espírito olímpico”, considera. Ele reforça que entre os motivos pela escolha de Passo Fundo para ser uma das cidades de celebração do revezamento está a quantidade de atletas existentes no município. Entre eles, inclusive, o medalhista olímpico Gustavo Endres, último condutor da tocha que acendeu a Pira de Celebração no Parque da Gare.
Críticas
Nas redes sociais muitas pessoas se manifestaram contrárias á passagem da Tocha Olímpica pelo município. Para Bellaver a manifestação das opiniões é um direito das pessoas mesmo assim nenhum incidente foi registrado durante o evento. “A comunidade de Passo Fundo mostrou que mesmo as pessoas que criticavam dentro do seu direito respeitaram o momento. Sabemos dos problemas que o Brasil enfrenta e as pessoas souberam criticar e respeitar”, pontua.
Bellaver destaca ainda que muitas críticas ao evento eram infundadas principalmente as relacionadas aos gastos para a sua realização. “Cheguei a ouvir que as cidades estavam pagando mais de R$ 100 mil para receber a Tocha o que é uma absoluta inverdade. E Passo Fundo não faria essa loucura. Fizemos alguns investimentos pontuais como o palco no Largo da Literatura para receber a tocha e outra atividade no Teixeirinha nos quais economizamos o máximo possível”, argumenta. Para receber a Chama Olímpica no Largo da Literatura atletas de diferentes modalidades e grupos artísticos locais fizeram apresentações.