Abertura da Paralimpíada emociona no Rio

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Aaron Wheelz desceu com uma cadeira de rodas uma megarrampa no meio da arquibancada do estádioAaron Wheelz desceu com uma cadeira de rodas uma megarrampa no meio da arquibancada do estádio
Aaron Wheelz desceu com uma cadeira de rodas uma megarrampa no meio da arquibancada do estádio
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Mesmo já antecipado pela imprensa, o início da cerimônia da abertura eletrizou o público no estádio do Maracanã, com a manobra de alta velocidade do cadeirante Aaron Wheelz. Aaron desceu com uma cadeira de rodas uma megarrampa no meio da arquibancada do estádio e caiu sobre uma superfície inflável após uma pirueta por dentro do círculo que simbolizava o zero na contagem regressiva. Uma queima de fogos acompanhou o número.

O número foi feito logo depois da chegada do presidente do Comitê Paralímpico Internacional, sir Philip Craven, que surgiu no meio do público e depois foi para a tribuna de autoridades, onde se sentou ao lado do presidente Michel Temer. Minutos antes do início da cerimônia, parte do público gritou "Fora Temer" no estádio e também foram ouvidas vaias.

Também antes da cerimônia começar, o encontro dos mascotes olímpico e paralímpico, Vinicius e Tom, chamou a atenção do público. Tom dançava vários ritmos com a apresentadora Fernanda Lima e o escritor Marcelo Rubens Paiva. Quando foi a vez da Bossa Nova, tocouGarota de Ipanema, Vinicius entrou desfilando com um vestido brilhante, em uma referência à participação da modelo Gisele Bündchen na abertura da olimpíada. A top model encarnou a icônica homenageada por Tom Jobim e recebeu elogios.

Uma roda de samba com os sambistas Monarco, Hamilton de Holanda, Maria Rita, Diogo Nogueira, Xande de Pilares, Pastoras da Portela, Pedrinho e Pretinho da Serrinha embalou o público enquanto projeções abordavam a roda, invenção humana que, além de sua importância como marco científico, se tornou um suporte vital para a acessibilidade.

As projeções no chão transformaram o chão do Maracanã em uma grande piscina atravessada pelo nadador Daniel Dias, também projetado em vídeo. Após cruzar o palco, a piscina se transformou em uma praia, com direito a elementos típicos do Rio de Janeiro, como o aplauso ao pôr do sol, os vendedores de mate e biscoitos de polvilho e uma multidão de bailarinos que interpretaram banhistas e surfistas.

O número foi seguido pela chegada da bandeira do Brasil, que foi hasteada por bombeiros salva-vidas do 3º Grupamento Marítimo. O Hino Nacional foi executado no piano pelo maestro João Carlos Martins, que chegou a abandonar a carreira por problemas físicos que atrofiaram suas mãos, mas retornou aclamado aos palcos.

Logo depois, teve início a entrada das delegações, em que uma obra do artista plástico e diretor-criativo da cerimônia, Vik Muniz, montou um quebra-cabeças com peças trazidas pelas delegações.

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