O Esporte Clube Passo Fundo chega na condição de sobrevivente à última rodada do Gauchão. Aliás, vem agonizando desde as últimas três rodadas. Com apenas uma vitória em dez partidas, é o último colocado. Porém, uma sequência de combinações de resultados ainda dão o brilho da esperança ao lanterna. Assim, chega ao último jogo da etapa classificatória ainda com chances de escapar do rebaixamento. Possibilidades remotas, mas matematicamente possíveis. Em primeiro lugar, depende do seu próprio desempenho, na quarta-feira, quando enfrentará o Brasil de Pelotas no Vermelhão da Serra. Necessita obrigatoriamente de uma vitória e, ainda, depende dos resultados dos jogos São Paulo x Grêmio e Ypiranga x Caxias. Isso, claro, necessitando emparelhar a diferença de cinco gols no saldo.
Pé esquerdo
O Passo Fundo iniciou com o pé esquerdo o Gauchão 2017. Domingo, 29 de janeiro, o time enfrentou o São Paulo de Rio Grande no Vermelhão da Serra. Porém, pouco antes da partida, soube-se que o time teria importantes desfalques. O goleiro Fernando Júnior e o zagueiro Sosa ainda não estavam inscritos. E trabalhavam há semanas no clube! O meia Mikael, que na sexta-feira treinou entre os titulares, também não pode atuar para cumprir suspensão do ano passado. O técnico Paulo Porto foi informado somente no sábado à tarde. Descaracterizada, a equipe perdeu por 3 x 0 na estreia. O treinador já estaria com a cabeça a prêmio na segunda rodada, mas o time surpreendeu o Ypiranga no Colosso da Lagoa.
Troca de técnico
Depois veio a dupla Gre-Nal e o Passo Fundo conseguiu um ponto. Na sequência, após derrota para o Juventude em Caxias, a direção optou pela troca de treinador. A saída de Paulo Porto contrariou a vontade da maioria dos torcedores. Chegou Leocir Dall’Astra, que é da casa e identificado com o clube. De imediato, perdeu para o líder isolado do campeonato. Dois jogos em casa, uma derrota e um empate. Dois jogos fora, mais um empate e outra derrota. Sobre a troca de técnicos, o presidente Eavndro Zambonato não quis se manifestar. “Vamos falar sobre isso só depois que terminar o campeonato”, disse, ontem. Agora ficou tudo para uma noite de quarta-feira. Serão seis jogos simultâneos e suas múltiplas combinações. Escapa ou cai?
Mal em campo, bem na bilheteria
Se na tabela de classificação o Passo Fundo está lá em baixo, em matéria de público vai muito bem, obrigado. O Passo Fundo tem a quarta melhor arrecadação do Campeonato, superado apenas pela dupla Gre-Nal e Juventude. O Passo Fundo teve renda líquida de R$ 421.247,85, o que representa uma média de R$ 105.311,96 por jogo. E em matéria de público pagante o ECPF também vai muito bem, ocupando a quinta posição atrás da dupla, Juventude e Brasil de Pelotas. Foram 12.713 pagantes, média de 3.178 por partida. O presidente Evandro Zambonato enalteceu a presença do público, apesar da má-campanha. “Foi uma boa resposta. Vocês (imprensa) também nos ajudaram. Se tivéssemos uma campanha melhor, teríamos muito mais público ainda”.
