Após 26 dias com registro de chuva desde o mês de maio, o sol apareceu em Passo Fundo nesta sexta-feira (9). Ele veio acompanhado da queda nas temperaturas que não passaram dos 8°C e durante o dia, das 9h às 16h, a sensação térmica ficou entre 0°C e 1°C. Na manhã desta sexta-feira (9), também foi registrado chuvisco congelado em alguns pontos da cidade. Mas o frio desta sexta não foi a temperatura mais baixa registrada neste outono, já que no dia 28 de abril, os termômetros marcaram 3.6°C.
De acordo com o observador meteorológico da Embrapa Trigo, Ivegndonei Sampaio, as temperaturas devem permanecerem baixas, com elevação gradativa, no fim de semana e a chuva não deve retornar até a próxima sexta-feira (16). “A entrada de um ar de origem polar deve afastar toda instabilidade a partir de sábado (10). Devido ao acumulado de chuva, nebulosidade e a alta umidade relativa do ar, ainda neste sábado o dia pode amanhecer com nevoeiro e névoa umida”. Neste sábado (10), a mínima pode chegar a 3°C e a máxima não deve passar dos 12°C. Para o domingo, a previsão é de geada ao amanhecer e dia parcialmente nublado, com mínima de 5°C e máxima de 15°C. Já na segunda-feira (12), o dia fica de claro a parcialmente nublado, os termômetros devem ficar entre os 7°C e os 16°C. As temperaturas mínimas, a partir de terça-feira (13), devem ficar entre 10°C e 12°C e as máximas entre 18°C a 20°C.
Chuvas acima da média
Conforme Sampaio, maio de 2017 foi o segundo maior acumulado de chuvas para o mês em 37 anos, atrás apenas de maio de 1992, quando choveu 387 mm. Neste ano, em maio choveu 372mm em 17 dias. Já neste mês, até esta sexta, foram registrados 206 mm de chuva, o que representa em torno de 54$ acima da média do mês que é de 134mm. Para o mês, o último ano que registrou o maior acumulado de chuvas em junho, foi em 2014, quando choveu 284mm. O observador meteorológico acredita que, como não há previsão de chuva para a próxima semana, se frentes frias entrarem na região nos últimos dias do mês, é possível que se chegue perto do acumulado em 2014, senão for ultrapassado.
Estragos no RS
Nesta sexta, pelo menos 73 cidades gaúchas estavam com o decreto de situação de emergência por conta dos estragos da chuva e graves danos em estradas que estão interrompidas e comprometem, inclusive o abastecimento de itens básicos, como comida e material de socorro. O trabalho continua sendo realizado pelas prefeituras e Defesa Civil para manter a melhor estratégia de enfrentamento a esse tipo de desastre natural.
Energia elétrica
A força-tarefa montada pela Rio Grande Energia (RGE) para reconstruir a rede de energia elétrica, severamente danificada pelo temporal da madrugada de quinta-feira e a sequência de 15 dias chuvosos que atingem a área de concessão desde o final de maio, continua atuando initerruptamente no atendimento de clientes afetados pelas adversidades climáticas. Neste momento, 57 mil clientes estão sem energia. No pico do último temporal 236 mil do 1,45 milhão de clientes da distribuidora presente em 255 municípios gaúchos ficaram sem energia.
Neste momento, as equipes da RGE estão direcionadas ao atendimento de eventos que reúnem o maior número de clientes para conseguir restabelecer a energia a mais unidades consumidoras no menor tempo possível. Ainda é premissa da empresa eliminar situações de risco e realizar obras em situações que não coloquem em risco seus colaboradores e não impactem em novos desligamentos da rede. Por isso, em algumas oportunidades, partes de bairros ou ruas podem ficar sem energia mesmo após a passagem dos técnicos da empresa.
Para recompor a rede, a RGE mantém equipes trabalhando em sua área de concessão e disponibiliza todos seus recursos de relacionamento com o cliente para a comunicação de ocorrências alternativos ao Call Center (0800.970.0900) que pode passar por congestionamento em determinados momentos em razão do número de ocorrências.