Faltam sete minutos para o jogo terminar. Mas como o cronômetro só marca o tempo de bola rolando, isso até pode representar até uns 20 minutos. E nesse tempo será conhecido um finalista da Série Prata pelo Campeonato Estadual de Futsal. Mais ainda. Também significa a tão sonhada vaga na Série Ouro, a Liga Gaúcha de Futsal. Essa decisão iniciou 21 de outubro, quando o Passo Fundo Futsal jogou a primeira semifinal fora de casa, com uma vitória sobre o Parobé por 4 x 3. O jogo de volta foi em 28 de outubro, no Ginásio do Capinguí, em Passo Fundo. A equipe do Parobé vencia por 1 x 0. Mas aí teve confusão e o jogo foi interrompido aos 13 minutos da segunda etapa. Se o PF Futsal empatasse ou vencesse seria o finalista. Uma vitória do Parobé, independente do escore, levaria a decisão para uma prorrogação com dois tempos de cinco minutos cada. Pela campanha, o Passo Fundo Futsal ainda tem a vantagem do empate na prorrogação. Mas o jogo ainda não acabou.
Tribunal
Clima de decisão e muito nervosismo. Bastou uma jogada violenta de um atleta do Parobé para desencadear discussões e empurra-empurra. Seguranças terceirizados em quadra, confusão e o espetáculo parou por ali. O delegado da FGFS solicitou reforço da Brigada Militar. O efetivo foi considerado incompatível para a partida prosseguir. Enfim, teve confusão e o jogo não terminou. Foi tudo para a súmula e, na terça-feira, 31/10, o secretário do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Gaúcha de Futebol de Salão, Thiago Rios Imperador, emitiu edital de citação para julgar os fatos. Definiu o julgamento para esta segunda-feira, 06/11, às 15 horas, no plenário do TJD em Porto Alegre. Foram denunciados o Parobé Futsal, seu treinador José Francisco da Silva e o atletaWilian Cunha dos Santos. O Passo Fundo Futsal, mandante do jogo em demanda, também foi denunciado.
Expectativa
Pelo lado do Passo Fundo Futsal, há expectativa por um bom resultado na sessão do TJD desta segunda-feira. “Esperamos, junto com o assessoramento jurídico, que tenhamos um bom resultado”, disse o presidente Attilio Gonçalves. Isso não significa um desejo de sair finalista do Tribunal. “Esperamos que, no mínimo, garantam a continuidade da partida com os sete minutos que falta. Ou, ainda, a prorrogação, que seria como uma terceira partida”. O Passo Fundo Futsal entregou o caso aos advogados Flávio Algarve e Rovana Camargo. De acordo com o presidente Attilio, ele estará no julgamento acompanhado por dirigentes do PF Futsal.
