Não tá morto quem peleia. Como bem diz o ditado com sotaque meridional, o Passo Fundo Futsal luta para evitar a dupla punição imposta, segunda-feira, pela Primeira Comissão Disciplinar do TJD. A defesa está sendo apresentada em forma de recurso ao Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva. “Estamos pedindo a suspensão da decisão que ainda não transitou em julgado e, portanto, ainda não é definitiva”, explica a advogada Rowana Camargo. A defesa foi elaborada em conjunto com o advogado Flávio Algarve. A ideia é paralisar a Série Prata do Campeonato Estadual de Futsal. Além disso, o Passo Fundo Futsal/Fasurgs/Zamil busca o direito de, no mínimo, disputar a prorrogação se for ratificada a decisão de considerar o Parobé vencedor do jogo inacabado.
As semifinais
Passo Fundo Futsal e Parobé disputam uma das semifinais. No jogo de ida, em Parobé, a equipe passo-fundense venceu por 4 x 3. Em 28 de outubro a partida de volta era disputada no Ginásio do Capinguí, em Passo Fundo. O Parobé vencia por 1 x 0 e, após jogada violenta de um atleta do Parobé, começou uma confusão e o jogo foi paralisado. Faltavam sete minutos para o final. Se empatasse, o PF Futsal seria o finalista da Prata e, consequentemente, estaria promovido à Série Ouro. O resultado parcial, vitória do Parobé, leva o jogo para uma prorrogação com dois tempos de cinco minutos cada. No julgamento da súmula, o PF Futsal foi duplamente punido, pois perdeu os pontos do jogo e, ainda, de uma possível prorrogação. O time de Passo Fundo acabou duplamente penalizado. O técnico do Parobé foi suspenso por um jogo por agredir o atleta Nuno, enquanto Willian, também do Parobé, foi suspenso por três jogos pela agressão a Túlio. Os dois times foram multados.
A defesa
O recurso ao Pleno do TJD contempla o efeito suspensivo, que paralisa o Campeonato, evitando a realização dos jogos entre Parobé e Uruguaianense. A primeira partida estava marcada para sábado, 11, em Uruguaiana. “A ideia é evitar prejuízos aos clubes, com despesas de viagem, contratação de pessoal e outros custos”, explicou Rowana. A defesa do PF Futsal enfatiza que “não há responsabilidade do Passo Fundo Futsal, que não foi o responsável pela suspensão do jogo. Tudo ocorreu pela conduta de um jogador e do técnico do Parobé”, explica a advogada. “Isso fica comprovado, pois o jogador e o técnico foram condenados. E, ainda, a conduta do PF Futsal foi reconhecida como exemplar”. Com essa argumentação, Rowana entende que deve ser punido quem deu causa à suspensão da partida, no caso o Parobé. “Vamos pedir que permitam pelo menos a realização da prorrogação, que não tenha essa dupla punição”, completou.