Após a solenidade de abertura, no Estádio Olímpico Lujniki, em Moscou, começa o Mundial 2018, quando a Rússia enfrentará a Arábia Saudita, nesta quinta-feira, ao meio-dia (Brasília). Anfitriã, Rússia espera passar da fase de grupos da Copa pela primeira vez na história. Anfitriões do Mundial, os russos não participaram das Eliminatórias Europeias. A Rússia, que antes fazia parte da União Soviética, disputou seu primeiro jogo oficial em 1992. Já em 1994 participou da Copa do Mundo dos Estados Unidos, quando foi eliminada na primeira fase. Diante de Camarões, Oleg Salenko bateu um recorde: marcou cinco gols numa partida de Copa. Em 2002, mais uma vez não passaram da primeira fase, não se classificaram para as edições 2006 e 2010. Também não foram além da fase de grupos no Brasil, em 2014. Este ano, o desempenho da Seleção Russa não foi dos melhores e, assim, os torcedores não estão muito empolgados com o time. Mas, empolgação de lado, os russos estão em casa.
O “russo” Mário Fernandes
Entre tantos nomes difíceis de pronunciar na Seleção Russa, aparece um bem conhecido da torcida brasileira. Aos 27 anos, o lateral-direito Mário Fernandes, nascido no Brasil, vai disputar a Copa do Mundo pelo país sede. Isso só é possível porque o jogador atua no CSKA de Moscou desde 2012 e conseguiu o passaporte russo em 2016. No Brasil, Mário é conhecido principalmente pelos torcedores do Grêmio, clube pelo qual atuou nas categorias de base e no profissional. Na Seleção Brasileira, ficou marcado por uma história inusitada. Ainda em 2011, atuando no Brasil, o defensor pediu dispensa de uma convocação do técnico Mano Menezes para ficar mais focado em seus compromissos pelo time gaúcho. Apesar do fato inusitado, recebeu nova oportunidade do técnico Dunga em 2014 e atuou em um amistoso contra o Japão. No final das contas, como não tinha jogado nenhuma partida oficial pela Seleção Brasileira, Mário Fernandes optou por defender a Rússia. O defensor chegou a ser convocado para vestir as cores do país sede na Copa das Confederações do ano passado, mas acabou cortado por uma lesão. Em setembro, conseguiu entrar em campo pela Seleção Russa pela primeira vez e deixou sua marca na vitória sobre o Dínamo de Moscou.
A quinta Copa da Arábia Saudita
Adversária dos donos da casa, a Arábia Saudita está no grupo A com Egito, Rússia e Uruguai. Esta será sua quinta participação em Copas do Mundo, com vaga garantida com o segundo lugar no grupo B das Eliminatórias Asiáticas. A seleção saudita conseguiu vagas nas Copas de 2010 e 2014. O melhor desempenho foi em 1994, quando chegou as oitavas de final. No ano passado, a Arábia Saudita disputou 12 jogos com seis vitórias, um empate e cinco derrotas. Foram 22 gols marcados e 16 sofridos. A troca de técnicos é constante e, somente em 2017, foram três, entre eles o holandês Bert Van Marwijk e o argentino Edgardo Bauza. Na Rússia será comandada por outro argentino: Juan Antonio Pizzi, campeão pelo Chile da Copa América 2016. Aos sauditas apostam suas fichas no atacante Mohammad Al Sahlawi, um oportunista que sabe se posicionar na área.