A crise persiste no Esporte Clube Passo Fundo, mas há sintomas de recuperação. Há quase dois meses, após o fim do mandato do ex-presidente Evandro Zambonato, o comando do o clube passou para o presidente do Conselho Deliberativo, Luiz Valério. O processo sucessório, no entanto, esbarra numa dívida superior a R$ 1,2 milhão. “Com dívida não tem candidato”, disse, ontem, Valério. Mesmo diante de grandes dificuldades, o Passo Fundo segue um lento processo de recuperação. “Estamos contornando a situação da maneira que podemos. O pouco (dinheiro) que entra usamos para alguns compromissos. Até segunda-feira acho que teremos como pagar jogadores e comissão técnica”, explicou em tom otimista. O montante deste débito seria em torno de R$ 120 mil. Mas deixou claro que futebol este ano não tem como fazer. O momento é para superar a crise.
Patrono
Mais uma vez, o apoio do patrono Elói Taschetto vem sendo fundamental em um momento difícil. “Ele está nos acompanhando e orientando em muitas coisas”, explicou o presidente do CD. A mobilização também envolve alguns conselheiros, “mas seria mais fácil se todos ajudassem”, convoca Valério. Mas, claro, já há resultados positivos dessa mobilização. “Temos uma promoção interna e outras coisas encaminhadas. Se tudo der certo logo poderemos ter um novo presidente”.
Candidatos
Nomes para presidir o ECPF até existem. Mas para efetivação das candidaturas as finanças têm que estar em ordem. Luiz Valério afirma que “se tiver dívida, não tem chapa. Nessa hora é difícil, pois ninguém quer pegar o clube para pagar contas. Todo mundo quer a casa pronta e em dia. Ninguém quer fazer a casa do nada. Então estamos acertando a casa aos poucos”. Para isso há um grupo que realiza reuniões constantemente. O objetivo é apagar o incêndio e deixar o rescaldo para a próxima diretoria. “Sim, tem nomes para assumir e até uma chapa montada. Mas agora temos que esperar”, concluiu Valério. Nos bastidores, sabe-se que a chapa montada seria encabeçada pelo ex-presidente Selvino Ferrão, mas pode surgir outra candidatura liderada por Jair Calherão. Mas, pelo mínimo nos próximos dias, a composição das dívidas é mais importante do que a montagem das chapas.