Aos sete anos Freddy Campagnollo Krauspenhar, o professor Freddy como é chamado pelos alunos, começou a jogar futsal no clube Juvenil em Passo Fundo. Hoje Freddy é professor de educação física na Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental St. Patrick. Graduado pela UPF em 2006, ele transmite os ensinamentos de quem um dia já esteve dentro das quatro linhas como jogador. Quando começou a jogar quem lhe ensinou fundamentos, táticas, disciplina e todo o universo do esporte foi o professor Javali, conhecido e tradicional treinador de futsal da cidade. Do futsal para o futebol de campo foi consequência. Freddy jogou no time de base do Gaúcho e do Passo Fundo até a categoria Júniores. Nessa passagem teve treinadores importantes no cenário futebolístico da cidade como Ricardo Attolini e Adair Bicca. Hoje atua ensinando aos atletas o que aprendeu no tempo em que foi jogador. Trabalhar com crianças em idade de formação, aprimorando a motricidade e os movimentos é algo que exige cuidados e uma atenção especial, como explica o professor.
Aliando atividades
Freddy trabalha unindo a atividade física à competição esportiva. Explorar o máximo de cada aluno durante os treinamentos respeitando a particularidade de cada um para que no jogo ele consiga se concentrar e fazer o que ele faz nos treinamentos. É isso que procuro fazer, tanto nos treinos quanto nos jogos. Incentivar a criança para que ela não desanime e procure se doar o máximo possível para o sucesso da equipe.
Educação esportiva
A principal lição para eles é a noção de responsabilidade. É fazer com entendam que eles são um time, uma equipe que necessita do apoio de cada um e que juntos eles podem render mais. Assim, aparecem as individualidades. A Escola St. Patrick participa pelo segundo ano da copinha, (Copa de Futsal promovida pela RJ Promoções Esportivas). Iniciamos os treinos no ano de 2016 com um pensamento de oficina de Futsal, sem grandes cobranças. Neste mesmo ano recebemos o convite para participar da Copa de Futsal. Estávamos um pouco receosos, mas resolvemos competir sabendo das nossas limitações frente às outras escolas. Lembro-me que foi bem difícil onde tivemos somente um empate e o resto foram só derrotas. Em 2017, já pensando um pouco mais na competição, conseguimos arrumar um bom ginásio e montamos um time ainda melhor. Chegamos ao final da Copa com duas vitórias e um empate. Em 2018, com o propósito de uma equipe mais madura, chegamos ao terceiro ano de participação em uma crescente evolução nos jogos e treinamentos. Estamos confiantes em superar os resultados dos anos anteriores.
Estímulo e potencialidades
Uma das caraterísticas é o trabalho que conjunto com meninos e meninas. Trabalhamos visando a metodologia da escola. Sempre buscando tirar o máximo de cada aluno. Eu acredito que incentivar é tudo. Fazer o aluno acreditar em seu potencial, que ele é capaz. Mostrar que futebol é repetição, treinamento, insistência e, assim, fazer ele perceber que precisa cooperar, trabalhar em equipe, acreditar no seu potencial. Desse modo irá colher os frutos lá na frente.
Apoio e cobrança
Sou um treinador que cobro muito de meus jogadores, porque sei o quanto eles podem render. Mas também sei que são crianças e tem suas limitações. Tem jogos que alguns "tremem a perna", o que é muito normal para a idade deles. E aí o que eu faço? Chamo pra perto, coloco embaixo do meu braço e converso com cada um. Isso faz parte, já passei por isso também.