“Eram momentos, pessoas e cidades diferentes”
Hoje diretor do PFF, Matheo Casagrande conquistou títulos nas duas cidades como jogador e relembra a história vivenciada nos anos 90. Com a camisa de Marau, que na época se chamava Perdigão / Metasa, conseguiu vencer a Série Ouro de 92, ser o artilheiro e também foi escolhido o melhor jogador da competição. A equipe era bastante qualificada e contava com jogadores de Seleção Brasileira, como Paulinho Sananduva, Nilton e o próprio Matheo. Mesmo com a grande qualidade dos jogadores, o time correu grande risco de não se classificar para a fase final, mas acabou avançando devido a uma combinação de resultados. “Fizemos uma final antecipada contra a SER Itaqui e vencemos por 5 x 1 em Marau”, conta o diretor. Como o Rio Grande do Sul era a base da seleção, a equipe adversária também contava com grandes nomes, como Choco.
Com a UPF / Zamil, Matheo não venceu a Ouro, mas sim a Prata em 95. Junto com o troféu, conquistou novamente a artilharia e o prêmio de melhor do campeonato. Nascido em Marau, veio para a cidade para cursar Medicina da UPF e chegou apenas na metade do ano. O goleador da competição já tinha balançado as redes 20 vezes, mas em uma sequência avassaladora acabou superado pelo pivô do Passo Fundo. “Os jogos eram realizados no ginásio da AABB”, relembra. Matheo deixou a equipe em 97, alguns anos antes do time ser vice da Série Ouro em três oportunidades: 1999, 2000 e 2003.
“As duas conquistas tiveram sabores diferentes. Eram momentos, pessoas e cidades diferentes. Cada um tem o seu valor, nenhuma maior ou menor do que a outra. Por morar, trabalhar e ter sido acolhido em Passo Fundo, a torcida vai para o Passo Fundo. Se morasse em Marau e estivesse envolvido com o futebol, talvez estivesse envolvido lá também”, finaliza o ex-jogador.
“É importante Marau e Passo Fundo voltarem para Série Ouro”
Por se tratar de um clássico regional, quando PFF e AMF se encontram o clima sempre é diferente. Mas para o técnico de Marau, será mais especial ainda. Isso, porque Clóvis Augusto Kumpel, mais conhecido como Javali, divide seu tempo trabalhando como gerente administrativo do Clube Juvenil em Passo Fundo e viajando até a cidade vizinha.
A rotina é intensa e o técnico se desloca durante três ou quatro noites por semana para comandar os treinamentos. Mesmo assim, a correria não chega a ser uma novidade na sua vida. Javali assumiu a equipe ainda no ano passado e conquistou o acesso para a Série Bronze realizando dois treinamentos por semana. Com o acesso a Prata, o número de atividades precisou ser aumentada. Com a vaga na Ouro já garantida, surge também a necessidade de treinar em dois turnos. “Em janeiro vamos conversar para ver se continuo”, disse.
Rei do acesso
Além da simplicidade, Javali também é reconhecido pela competência como treinador. Optando por não treinar equipes da principal divisão nos últimos anos, se consolidou como um grande especialista em conseguir subir equipes no futsal Gaúcho. Nos últimos sete anos, conseguiu seis acessos e com três times diferentes. Foram dois com o América de Tapera, dois com Sase de Selbach e agora mais dois com a AMF de Marau. “É importante Marau e Passo Fundo voltarem para Série Ouro. São duas cidades envolvidas com o futsal”, fala o treinador.
Passo Fundo
O atual comandante da AMF ainda não tem o seu futuro definido e tampouco pensa em uma possibilidade de comandar a equipe de Passo Fundo no futuro. Ainda no seu início de carreira com jogadores adultos e profissionais, treinou a equipe da cidade onde reside. Em 2003, a equipe chamada de Ulbra Saúde conseguiu o último vice-campeonato da Série Ouro.