?sltimos remanescentes da Série Ouro

Zanco e Tiago Bortolon participaram dos vices e seguem no grupo de Passo Fundo

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Já se passaram quase 20 anos desde a época em que Passo Fundo disputou três finais de Série Ouro no futsal. Muitas mudanças aconteceram neste período, mas dois personagens que estiveram presentes no final dos anos 90 e início de 2000 continuam ativos e sendo importantes dentro do clube: o goleiro Zanco, ainda atuando dentro das quadras, e o ex-fixo Tiago Bortolon, que se tornou gerente de futsal. Além da dupla, o capitão Nuno também esteve envolvido em uma final, mas vestindo a camisa Colorada.

“Hoje é muito mais brigado”
Zanco esteve no grupo nas três vezes em que o time de Passo Fundo disputou as finais da Série Ouro: 99 e 2000, nos seus dois primeiros anos de juvenil ainda, e também em 2003, depois de ter retornado de Marau. Ainda jovem, o goleiro era reserva da equipe, mas relembra como o Capingui pulsava e empurrava a equipe. “No começo dos anos 2000, chegando em finais, era sempre com o ginásio lotado”, conta.
Neste intervalo de tempo, Zanco rodou pelo Rio Grande do Sul e também adquiriu experiência na Itália, antes de retornar para a cidade em 2014, no início do projeto do Passo Fundo Futsal. Já experiente e com seus 36 anos, o jogador traça um paralelo na mudança de estilo do futsal durante esses anos. “Antigamente o estado era a base da seleção, então era muito mais técnico. Hoje é muito mais brigado e com mais marcação. Antigamente você também tinha mais jogadas de efeitos. Nosso time conseguiu resgatar um pouco das jogadas individuais, com passes excelentes, porque essa é a característica dos nossos jogadores”, compara.

 

“Aprendi muito com aquele time”
Também ainda muito jovem, Tiago Bortolon, hoje gerente de futsal do clube, participou do vice-campeonato contra Carlos Barbosa em 1999. A pouca idade deixou o fixo no banco de reservas durante toda a decisão, mas não impediu que o momento ficasse na memória “Emocionante. Realmente aprendi muito com aquele time”, fala Tiago. Mas a grande recordação do jogador é de 2002, quando já havia passado por Espumoso e retornou para Passo Fundo com outro status.


Naquele ano, juntamente com Zanco, conquistou o título da Copa Abertura de Futsal. “Vou ser bem sincero, foi difícil até terminar o jogo. A torcida gritava muito alto e me emocionei muito. Ganhar o título pela cidade é uma coisa que me marcou”, admite o ex-jogador. Ainda no ramo do salão, Tiago já se aventurou até como treinador do Passo Fundo e se arrisca a comparar os três trabalhos que já executou. “Jogador é difícil, porque a responsabilidade está no teus pés. Você carrega toda a expectativa dos torcedores. Como treinador é mais difícil ainda e admiro muito o Javali e o Alexandre Boeira por isso. Eu vivia tomando remédio. Agora como gerente é mais tranquilo. Você precisa dar suporte para o pessoal conseguir executar o trabalho”, conta.

 

“Ficaria legal terminar com um título”

Nuno é outro personagem que esteve envolvido na final de 2000, mas vestindo uma outra camisa. A equipe de Passo Fundo foi derrotada em casa, após empatar com o Inter no Gigantinho, e o fixo, que é mais íntimo da marcação do que dos gols, acabou balançando as redes duas vezes. Agora, Nuno tem a oportunidade de novamente ser campeão no Capingui, mas defendendo o time da casa e sendo capitão da equipe. “Esperamos que se repita o título, mas para Passo Fundo. Não preciso fazer gols, só a vitória já vale”, brinca.

 

A final contra Marau também pode ser o último jogo da carreira do experiente jogador. Prestes a completar 44 anos, Nuno está na expecativa de poder levantar o seu sexto troféu estadual na carreira e, quem sabe, encerrar a trajetória com chave de ouro. “A cada treino é um treino e a cada jogo jogo é um jogo. Graças a Deus nunca tive nenhuma cirurgia de joelho em todos esses anos. Já tive até propostas para jogar e treinar algumas equipes, mas sigo com a cabeça focada no título. A partir da semana que vem começo a pensar se vou encerrar a carreira ou não. Ficaria bem legal terminar com um título”, finaliza.

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