Antes da entrada em campo com fardamento de jogo, as equipes fazem uma atividade prévia no gramado. Começa pelos goleiros, que trabalham em separado. Em seguida o preparador físico comanda um aquecimento com o grupo. Este ano, no Esporte Clube Passo Fundo temos uma novidade: a presença do treinador durante o aquecimento. Por quê? “Pela vivência fora do Brasil, pois a gente absorve conhecimentos de uma cultura diferente”, explica o técnico Antônio Freitas. Aos 40 anos, ele tem na bagagem nove anos no exterior como atleta e dois anos e meio como treinador. “Temos que abrir horizontes. Sou um cara muito intenso no dia a dia. O técnico é a cabeça pensante da equipe, ele articula, decide e necessita estar atento e participando de tudo. Acabo envolvido 100%, pois não existe outra forma”.
Adrenalina e conversa
Antônio Freitas também subsidia seu modus operandi com conhecimentos adquiridos quando era jogador. “Por ter sido atleta estou sempre muito próximo. É um feeling que outro pode não ter. Quando a gente fica do lado de fora a adrenalina é intensa”. O envolvimento com o clube é grande, pois em alguns dias fica das 8 às 22 horas no Vermelhão. De olho em tudo e conversando com todos. “Desde a chegada, converso com o Sagna e o Kiko (funcionários do clube) pessoas que passam um carinho. Procuro falar com todos e ir conhecendo as peculiaridades do clube. Não é só o trabalho de campo. O dia a dia do clube é importante. É uma grande engrenagem onde todos devem se sentir bem. Técnico, atletas, diretoria, staff ou o pessoal da cozinha, todos são importantes”.
Percepção e cobrança
O objetivo é acertar, segundo Antônio Freitas. “O técnico é um gestor, um administrador. Outros técnicos também têm as suas formas de trabalhar. Tem que haver muita percepção e diálogo, mas sou muito exigente. Cobro muito e exijo muito e não poderia ser diferente. Nisso entra o aspecto motivacional e eu acredito muito nas relações humanas, entre técnico e jogadores, para ter um bom trabalho em campo”. Sobre a pré-temporada, ele diz é um momento para colocar em prática as novidades. “O grupo tem muito potencial e o importante é a união de e trabalhar para subir. Esperamos colher os frutos”, concluiu.