ECPF: ?EURoe?? difícil fazer futebol sem bilheteria?EUR?

Apesar das dificuldades, o presidente Ferrão garante que o time vai buscar a classificação

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Nivelar dinheiro com futebol é um malabarismo. Esse é o exercício administrativo no Esporte Clube Passo Fundo em preparação à Divisão de Acesso, que começa no próximo dia 17. “Com tudo definido, estamos só pelo começo do campeonato. Se tiver o apoio da torcida, o time tem chances de buscar uma classificação que é o nosso propósito”. Assim, o presidente Selvino Ferrão deu o toque inicial sobre o momento do clube. Também falou sobre as dificuldades para fazer a bola rolar. “A direção fez o que era possível para colocar o time em campo, mas precisa do torcedor. É difícil fazer futebol sem bilheteria. Hoje tem a folha deste mês que, depois de muito esforço, está garantida. Mas está tudo certo, temos alojamento, uniformes e estamos prontos”.

 

Taxas e burocracia
Ferrão reclama o excesso de taxas e outras cobranças que incidem sobre o clube todos os inícios de ano. “Esta semana, para liberação do estádio, temos que pagar um monte de taxas e enfrentar muita burocracia. Não tá fácil, pois é um gasto muito alto para um time do interior. É difícil e se a torcida não der a contrapartida fecha o futebol do interior. Até agora já gastamos mais de 150 mil para botar o time em campo. Oferecemos alimentação, compramos colchões novos e ar-condicionado. Reformamos alojamentos e vestiários, temos novas casamatas, pintamos e arrumamos quase tudo. Não é fácil, tem que se virar nos trinta. A gente gasta um horror e a arrecadação é zero”, desabafou o presidente.

 

Dívidas e pressão
Além das adversidades peculiares aos clubes do interior, o Passo Fundo passou por outras dificuldades para estruturar o departamento de futebol para a temporada 2019. “Se é difícil para os outros, para o Passo Fundo é cinco vezes pior porque ainda estamos pagando dívidas. O clube tinha tudo para não disputar esse ano, mas graças a um grupo que colaborou bastante a gente conseguiu chegar até aqui. Estamos com tudo pronto depois de muito trabalho”. Ferrão não esconde que esse exercício diário mexe com o seu condicionamento físico. “Acordo com a pressão baixa, uns 7 por 11. Mas no começo da tarde já sobe para 15, 18... É muita coisa, mas estamos com tudo pronto. Para cuidar do marketing e da parte burocrática, vamos contar com o Timm (Airto Glademir Toniazzo Timm), que será um gerente executivo. Temos que botar profissionalismo no futebol, porque a situação é difícil”, concluiu Selvino Ferrão.
“A gente gasta um horror e a arrecadação é zero”

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