O remo é uma antiga modalidade esportiva. Falar em remo olímpico, nos leva a imaginar o esporte olímpico em grandes lagoas ou no mar. Para Daniel Amorim o remo é companheiro desde os 15 anos de idade. Natural do Rio de Janeiro, ele foi remador profissional. Agora, aos 31 anos, está em Passo Fundo e ensina a remar fora d’água através do remo indoor. Assim, ele consegue levar o barco da sua paixão pelo remo enquanto atua como personal trainer. “Está cientificamente comprovado que o remo é um dos esportes mais completos que existem”, explica. Para compreender isso, basta remar um pouco e sentir os efeitos do exercício em todo corpo.
Flamengo e Vasco
Durante 12 anos, Daniel “O Remador” esteve engajado em dois dos mais importantes clubes que levam a modalidade em seus próprios nomes: Clube de Regatas Flamengo e Club de Regatas Vasco da Gama. No Flamengo ficou de 2004 a 2014 e no Vasco de 2014 a 2016. Como profissional, Daniel disputou campeonatos em níveis estadual, nacional e interacional, além de regatas autônomas pelo mundo. E foi remando que conquistou sete títulos cariocas e quatro brasileiros, além de obter um bronze sul-americano e um décimo lugar no mundial.
Remo olímpico
“O remo olímpico é diferente da canoagem que utiliza uma palamenta simples (remo curto). Já no remo olímpico a palamenta é dupla e cada remador tem dois remos, um de cada lado”, explicou para diferenciar. Além disso, é praticado em barcos finos e longos, onde podem atuar dois, quatro ou oito remadores. “O remador senta num carrinho móvel que fica sobre trilhos, dando mobilidade aos pés que estão presos no finca-pé, que é uma sapatilha fixa. Assim, ele consegue puxar o corpo para a proa (remando) e solta os remos para voltar na ré”. Ou seja, um movimento amplo. “São utilizados muitos grupos musculares ao mesmo tempo durante uma remada”. E as pernas são as mais exigidas. “Entre 75 e 80% da força total é produzida pelas pernas”. Mas a remada também atua no tronco, como exercício abdominal e lombar. “Tem a parte de cima, dorsal e superior (braços)”, completou Daniel. E, claro, a respiração exige uma importante sincronia com muita técnica.
Exercício simulado
Se existem simuladores de voo para aprendizado prático na aviação, o remo indoor é um simulador de um exercício náutico. Acadêmico de educação física, Remador trabalha com cinco unidades e coloca o pessoal para remar no seco. Basta sentar no carrinho móvel, prender os pés e, ao invés dos remos, utilizar uma empunhadura para puxar. “O aparelho simula a força de resistência da água, porém com um controle a ar”. E como toda simulação deve ficar bem próxima da realidade, há uma imensa tela que reproduz as imagens da água. Mesmo sem água para respingar, a camisa fica molhada pelo suor. Afinal, o exercício é idêntico ao praticado nos esguios barcos de competição.
Divulgar a modalidade
“Eu quero mostrar mais sobre o remo para a população”, afirma com entusiasmo o Remador. Sua intenção é realizar atividades práticas em áreas públicas. E, atiçando a memória, Passo Fundo tem tradição no remo através do Clube Náutico Capinguí. Barragens, Parque da Gare ou Lago da UPF, seriam algumas opções para atiçar o gosto pela modalidade. Mas, por enquanto, é disponibilizado apenas o remo indoor, na academia de Cristina Bonoto e Daniel Amorim, localizada no Solar do Glória. E, assim, Daniel segue remando e disposto a ensinar e promover a modalidade. Para isso, basta entrar em contato com (54) 99157-7412.