Gaúcho derrotado em casa pelo Brasil de Farroupilha

Time visitante protagonizou ato de racismo e BM apreendeu uma pistola no vestiário

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Para o Sport Clube Gaúcho faltou apenas a bola entrar, pois oportunidades para marcar não faltaram. Mas o Brasil de Farroupilha conseguiu que a bola entrasse e venceu a partida por 1 x 0. Foi na quarta-feira à tarde, na Arena Wolmar Salton BSBIOS, pela penúltima rodada da fase classificatória do Campeonato Gaúcho da Segunda Divisão. Assim, o Gaúcho perdeu a chance para antecipar a primeira colocação no Grupo B. Agora o primeiro colocado é o Brasil, que, na última rodada, o primeiro colocado e, na última rodada, receberá o Cruz Alta em Farroupilha. Já o Gaúcho jogará em Nova Prata.

 

Ataque e contra-ataque

Já nos primeiros minutos ficou clara a configuração da partida: Gaúcho atacando e Brasil contra-atacando. E foi após de uma sequência de jogadas ofensivas do time da casa que os visitantes marcaram. Aos 19 minutos, Almeida, o nome do jogo, cobrou escanteio e bola desviou na defesa e tirou as chances de defesa do goleiro William Lago: Brasil 1 x 0. O Gaúcho voltou a pressionar, enquanto Almeida, exigiu quatro grandes defesas de William. O técnico Alexandre Menezes foi expulso e demorou em sair, levando a arbitragem a dar sete minutos de acréscimo.

 

Meia-linha

A segunda etapa foi praticam

Racismo, pistola e confusão

 

Fim de jogo e todos voltaram para os vestiários. Na entrada da chamada zona mista o clima ruim foi antecipado na entrada da arbitragem, com reclamações pelos acréscimos. Mas a confusão começou quando os adversários provocaram o zagueiro Erick com expressões racistas. A indignação dos jogadores do Gaúcho provocou uma reação imediata. E, em meio aos gritos, empurra-empurra e corre-corre, surgiu um jogador do time de Farroupilha com uma pistola. A Brigada Militar entrou em ação. Após longa espera para o banho do time do Brasil, a BM fez um pente fino. Em uma sacola encontrou munições, em outra a arma de fogo e, ainda, uma faca. O camisa 10 do time, Luiz Carlos, assumiu a propriedade da arma. E do estádio foram todos para a delegacia.

 

Flagrante e fiança

Na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, a delegada Carolina Goulart autuou o atleta Luiz Carlos em flagrante delito. Em seguida chegaram outros atletas e o técnico Alê Menezes. A delegada estabeleceu uma fiança de R$ 1.000,00 para liberar o jogador.

 

Racismo

Acompanhado do advogado Flávio Benvegnú Júnior, o zagueiro Erick também registrou uma ocorrência. O atleta do Gaúcho, que foi vítima de racismo, estava muito abatido pelo que ocorreu. A direção do Sport Clube Gaúcho, através de seu presidente, Augusto Ricardo Ghion Júnior, também manifestou seu descontentamento com os fatos ocorridos. “É lamentável que isso ocorra e estamos dando todo nosso apoio ao Erick”, disse. Enquanto o zagueiro registrava a ocorrência, o ônibus da delegação do Brasil estava na quadra ao lado e, ao que parece, o pessoal fazia uma vaquinha para arrumar os R$ 1 mil e liberar o seu camisa 10.

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