O treinamento personalizado é uma proposta exitosa no condicionamento físico em todo o planeta. Então, imagine os resultados obtidos em uma atividade com as características de um jogo de futebol? Sim, tudo com a ‘nega’, expressão utilizada no futebol em referência à bola. Assim é o personal soccer desenvolvido em Passo Fundo pelo professor Marco Aurélio, referência em preparação física no futebol brasileiro. “Não importa a idade, existe a parte lúdica. É como uma criança que fica faceira quando ganha uma bola”, explica sobre a proposta. A atividade não é um jogo de futebol de fato, porém se encaixa perfeitamente nos cuidados necessários durante a pandemia. E tem enorme abrangência: condicionar profissionais que estão parados, preparar jovens para testes ou manter a forma de craques do passado. Mas a brincadeira não fica limitada à turma do vestiário e chega aos corredores terapêuticos. “É para homens e mulheres dos zero aos 80 anos”. E tudo com aquela sensação de aquecimento para sair do túnel e entrar em campo. Vamos lá?
Da Vila Luiza para o mundo
Marco Aurélio Oliveira da Silva é passo-fundense, “dos altos da Vila Luiza”, diz com orgulho aos 58 anos de idade. Graduado em Educação Física pela UPF, fez pós-graduação em Fisiologia Humana na Universidade Gama Filho-RJ e outros aperfeiçoamentos na UnB. Ganhou projeção pelo êxito obtido na função de preparador físico de futebol. Também conhecido como Xiru, pela sua autenticidade e parceria, trabalhou no Gaúcho e no Passo Fundo. “Subi os dois e sou o único que disputou todos os clássicos Ga-Pas”. Marco Aurélio tem trabalho enaltecido em Santa Catarina, pois preparou equipes da Chapecoense, Juventus e Criciúma. E no Rio Grande do Sul? “Só não trabalhei na dupla (Gre-Nal). De Bagé a Santa Rosa passei por todos”. Mas o Xiru de Passo Fundo também girou pelo mundo árabe, no futebol da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.
Momento para inovar
“Muitos meninos, que farão testes em clubes nos próximos meses, têm que estar preparados, especialmente para evitar lesões. Profissionais ou veteranos que batiam uma bolinha estão parados na pandemia. Então, lá em casa, os guris perguntavam por que eu não fazia um personal direcionado ao futebol? A ideia amadureceu e fiquei surpreso pela grande repercussão. O cara que não quer ir à academia nesses dias encontra a opção pelo exercício ao ar livre. E para aqueles que gostam muito de futebol, as gurias do futebol que também estão paradas, a proposta é para evitar lesões quando retornarem”. Assim, Marco Aurélio resume o personal soccer que implantou em Passo Fundo. A preparação em clima de brincadeira não é apenas para boleiros. Além de condicionar, serve para recuperar de lesões e perder peso. Tudo em doses individuais. Pode ser gradativo em casos específicos como esteatose hepática, por exemplo. Ou, ainda, simplesmente para desestressar.
Dos testes aos aplausos
A rotina inicial remete ao início de temporada num clube. É feita uma avaliação através de testes de VO2 max (cardiopulmonar) e medições do volume de oxigenação. “Também temos o T-car para ver o quanto cada um aguenta”. Mas não se assuste, são apenas testes. Tome um fôlego que a brincadeira já vai começar. “Faço todo o trabalho com bola, para não ficar chato e repetitivo. Assim é uma atividade leve e prazerosa”. Isso, é claro, num clima que Marco Aurélio traz dos seus mais de 30 anos nos bastidores do futebol. E a turma está adorando. “A alegria deles é fazer cada atividade com prazer. Os mais veteranos, fazem 50 minutos como se não tivessem sido nada. A gente simula o jogo. Levo cones, colchonetes e mini bands (faixas elásticas). Faz cabeceio, volta, batida de chapa na bola... É como um treino na beira do gramado”, detalha. E quem assiste entra no clima de arquibancada e até aplaude.
Flexibilidade de horários e locais
Assim como na relação tempo-espaço do futebol, o personal soccer Marco Aurélio permite muita flexibilidade para os seus ‘atletas’. “Temos locais fixos, mas tudo depende da disponibilidade dos alunos”. Aos sábados pela manhã ele atua no gramado sintético da Showball, a antiga quadra do Sandro Sotilli, na Rua Paissandu, 1335. Nas terças-feiras à noite o personal soccer vai para a Brasil Society, na Rua Verdi de Cesaro, próximo ao Panorâmico, na Petrópolis. Porém, com horário agendado, o bate-bola é no Estádio Fredolino Chimango, o conhecido Campo do Quartel, em área lateral e pista de atletismo. “É só agendar”, simplifica Marco Aurélio.
SERVIÇO: Personal Soccer
Professor Marco Aurélio - Contato: (54) 99982-3170